A torcida do São Paulo criou uma campanha virtual pedindo a saída do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. A hashtag #Somos18milhõesForaLeco liderou os assuntos do Brasil no Twitter na noite da última quarta-feira e na manhã desta quinta-feira.

A campanha surgiu após uma declaração do presidente Leco em um jogo de basquete entre o time do São Paulo e o Pinheiros, na última quarta-feira, em partida do NBB – Novo Basquete Brasil.

Leco, dirigentes e conselheiros do São Paulo estiveram na quadra do Esporte Clube Pinheiros, na capital paulista. Segundo o São Paulo, o presidente foi vaiado por alguns torcedores, e também tirou fotos e foi cumprimentado por outros.

Ao ser questionado pela reportagem da “ESPN Brasil”, Leco disse o seguinte sobre o protesto no ginásio:

– É desagradável, infelizmente é uma coisa encomendada. É um pequeno grupo de torcedores que ataca a gestão, eu entendo que de uma forma injusta. O futebol é resultado. E enquanto o São Paulo não for campeão, mesmo que esteja em uma situação de competição, indo pra Libertadores, são marcas que ficam até ganhar um título. E o foco é a figura do presidente, é uma pena que seja desse jeito. Mas eu me fortaleço nessas situações porque minha consciência tá tranquila, minha energia e meu trabalho é todo ele focado no bem estar do São Paulo. Quero muito que eles tenham a alegria que eu quero ter – afirmou.

O São Paulo explica que a declaração se referia especificamente aos torcedores que estavam no ginásio do Pinheiros, e que Leco não ignora as manifestações de torcedores contrários.

A declaração do presidente motivou uma série de manifestações de são-paulinos e de páginas ligadas ao Tricolor nas redes sociais, o que iniciou a campanha virtual (veja abaixo) contra Leco. A hashtag faz referência ao número de 18 milhões de são-paulinos como uma resposta ao que o presidente disse sobre se tratar de um “pequeno grupo de torcedores”.

Na presidência do São Paulo desde outubro de 2015, Leco recebe críticas pela falta de títulos (a fila dura desde dezembro de 2012), troca de treinadores (só neste ano André Jardine, Vagner Mancini, Cuca e Fernando Diniz comandaram o time profissional) e prejuízo financeiro (de janeiro a agosto o clube registrou déficit de R$ 76,5 milhões), entre outros motivos. O clube terá de vender jogadores para cobrir o caixa.

O mandato de Leco no São Paulo vai até dezembro de 2020, quando o clube vai eleger um novo presidente. O ambiente político do Tricolor já está voltado para o próximo pleito, no qual Leco não poderá tentar se reeleger.

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