O São Paulo precisa definir nas próximas semanas qual será o futuro de um dos seus principais ídolos. Ex-jogador e hoje executivo de futebol, Raí tem contrato de dirigente até o fim deste ano. Segundo apurou o UOL Esporte, o presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, dá sinais de que deve manter o campeão mundial de 1992 no cargo. Porém, existe a possibilidade de o acordo ter um formato diferente do atual.

Quando acertou as bases com o Tricolor paulista, em dezembro de 2017, o ex-jogador assinou vínculo de dois anos com salário fixo. Para fechar logo a transação e nos termos atuais, o nome de Raí nem passou pela aprovação do Conselho de Administração na época —algo previsto no estatuto do clube para cargos de direção executiva.

Uma possibilidade cogitada é a redução do valor pago mensalmente para o dirigente, mas com bônus por metas alcançadas. Em linhas gerais, Leco faz uma avaliação positiva do trabalho do ex-jogador. Apesar das oscilações, o time deixou de brigar contra o rebaixamento no Brasileirão, como aconteceu em 2017, e chegou a liderar o Nacional no ano passado e disputou a final do Paulista de 2019. Nesta edição do Brasileiro, o São Paulo ocupa a sexta colocação, com 53 pontos, e segue na batalha por uma vaga na Libertadores.

Por outro lado, Raí passou a ser bastante questionado por torcedores e conselheiros. As constantes trocas de técnico, a demissão de Diego Aguirre, cinco rodadas antes do término do Brasileirão de 2018, e a contratação de Diego Souza são alguns tópicos que despertam críticas. O clube também está muito longe de atingir as suas metas financeiras estipuladas para esse ano – até agosto acumulou déficit de R$ 77 milhões, segundo relatório da diretoria -, e, por isso, vai precisar negociar jogadores nesta janela de transferência.

Como a gestão Leco termina no fim de 2020, o novo contrato com o executivo de futebol deve ter a mesma duração. Além de Raí, o departamento conta hoje com o gerente executivo, Alexandre Pássaro, e o diretor-adjunto, Fernando Chapecó.

UOL