Amigos tricolores,

Escrevi esse artigo antes do jogo contra o Palmeiras, onde vejo que será um grande teste para o que escrevo aqui. Eu ainda estou um pouco cético com relação ao São Paulo, talvez, por ter sido muito iludido com temporadas anteriores, como por exemplo a liderança do campeonato brasileiro de 2018 ou disputarmos uma final de campeonato paulista depois de 14 anos. Nessa final, eu nem culpo o São Paulo, o time se entregou o quanto deu e perdeu o jogo no último minuto, dentro da casa do adversário. Não fiquei feliz com o resultado, até porque se tem um time que tenho raiva, é o time da Lava Jato, mas feliz em ver uma evolução do time, sonhando com um Brasileirão melhor, o que, no começo não veio.

Atualização: Mesmo com a derrota, um jogo não pode apagar uma evolução visível…

Com Cuca

Desde a sua primeira passagem pelo São Paulo, em 2004, eu sempre admirei o trabalho do Cuca. Para mim, é ainda, um dos melhores técnicos brasileiros que temos, no São Paulo, em 2019, não mostrou o Cuca que conhecemos em outras campanhas vitoriosas. Não sabemos o que houve, mas com a sua saída, o ambiente ficou melhor. Estamos vendo isso em campo. O time está mais leve, mais toque de bola, agredindo mais o adversário e tem, em campo, dando alegrias ao torcedor.

Estamos em 4a lugar, acredito que acabaremos o campeonato entre 3o ou 4o,  isso é interessante, mas vamos ser sincero, quando o São Paulo entra em campeonato para conquistar vaga na Libertadores? Se tem alguém satisfeito (e olha que tem), respeito a sua opinião, mas para quem viu de perto “Os Menudos do Morumbi”, “São Paulo de Telê”, “Era Rogério Ceni” e “Tri-Muricy” não pode se contentar com vaga de Libertadores e “Time grande não cai”.

Potencial temos

Para mim, o São Paulo está longe do ideal, de todo o potencial que o time que tem Pato, Pablo, Daniel Alves, Arboleda, Volpi, Hernanes. Bruno Alves, Juanfran, Igor Gomes e Anthony pode ir. Digo sempre e repito, no papel, o time do São Paulo não deve para Palmeiras, Flamengo ou Santos, porém, alguns dos jogadores acima citados não estão rendendo o que podem e isso, se reflete em campo. E não adianta só culpar Raí, Pássaro e Leco, eles são, sim, culpados por muita coisa, mas os jogadores também precisam assumir a responsabilidade de que estão abaixo, ainda mais os “medalhões”.

Estamos caminhando para o ideal

Como disse, o São Paulo está longe do seu futebol ideal, mas com Fernando Diniz está mais perto do que estava com Cuca. A evolução nesse poucos jogos é nítida. Paramos com o cruzamento na área e migramos para jogadas mais trabalhadas, passe de pé em pé, profundidade e velocidade. Ainda temos a mesma mania de outros tempo de muito, mas muito toque de lado, bola de pé em pé lateralmente, quando na verdade é preciso que seja para frente, como o mestre Telê Santana tanto ensinou.

Em resumo, feliz com o São Paulo, não estou, mas estou bem mais confiante do que na era Cuca. Não quero me iludir para 2020, mas se o São Paulo mantiver o elenco, com essa filosofia e esse estilo, e se os medalhões renderem mais do que estão, prevejo um 2020 muito melhor que os últimos 10 anos…

*Felipe Morais. Publicitário, apaixonado pelo São Paulo Futebol Clube. Sócio da FM Planejamento, Palestrante sobre marketing digital, comportamento de consumo e inovação. Autor dos livros Planejamento Estratégico Digital (Ed. Saraiva) e Ao Mestre com carinho, o São Paulo FC da era Telê (Ed Inova) – http://www.livrotelesantana.com.br/  – facebook.com/plannerfelipe e @plannerfelipe