Amigos tricolores,


Em pleno sábado de manhã acordo com uma inspiração para escrever esse artigo. Normalmente, para escrever um artigo, que expressa a minha opinião, eu penso no título e depois escrevo o texto, para mim, assim funciona melhor. Artigos são textos que expressam a opinião do autor, que fique, de novo, registrado, para quem ainda não entendeu.

Esse título me veio a mente, talvez pela confiança que eu estava na vitória. Nas minhas Redes Sociais, brinquei muito dizendo que seria 3X0, aliás, precisávamos que fosse esse o placar para acabar com a empáfia daquele que joga o futebol mais feio e burocrático do Brasil. Se vivo estivesse, Telê Santana estaria aos prantos olhando esse futebol praticado nos dias de hoje, em especial por esse time que se diz grande.

Comecei a rascunhar o artigo em um pedaço de papel, pensando, que na 2a feira, no pós-jogo eu estaria elogiando a excelente atuação de Pato que, na minha imaginação de torcedor teria feito 2 gols, como fez contra o Santos. Elogiaria a sólida defesa que não levou gol, pois a bola mal chegou ao gol do Volpi, o que não deixou de ser uma verdade. Imaginei que Reinaldo faria um dos gols do São Paulo e que o tricolor foi para cima, pois era um jogo do ofensivo Diniz versus o retranca chamado Carille, outro ponto que acertei. Gostaria de elogiar uma bela atuação de Igor Gomes, a quem achei que iria entrar como titular nas ausências de Daniel Alves e Anthony. Da fato algumas coisas aconteceram, outras não. Uma pena só ter sido 1X0.

O jogo

Sou um apaixonado torcedor do São Paulo e não um analista de futebol, até porque, em uma profissão que conta com Vampeta, Neto, Ricardinho, Sormani, Flávio Gomes, Mano, Felippe Facincani, Juca Kfouri, Flávio Prado, melhor ficar apenas ao lado dos torcedores com as minhas opiniões e convicções. O que ouvi, no pós-jogo, muito pelos comentários do time da Rádio Bandeirantes é que 1X0 ficou pequeno para o timeco. Muito porque entrou no esquema 10-0-0 colocando, em muitos casos, Vagner Love marcando, tanto que ele saiu devido ao cansaço por ter que marcar. Camisa 9 marca quem? Enfim, esse é um retrato do futebol brasileiro da escola Gaúcha (com todo o respeito ao lindo povo do Sul), mas Felipão, Tite, Celso Roth e Mano trouxeram isso. Carille, aprendeu com 2 deles. O São Paulo, pelo o que vi nas estatísticas – que gosto de ver depois do jogo – chutou muito mais.

Foram 2 bolas na trave, Igor Gomes perdendo gol, Pato com 2 chances chutando muito mal, mas pelo menos criou, tentou e como dizia Muricy “agrediu”  o time adversário. Telê dizia que a melhor forma de mostrar respeito ao time adversário é indo para cima fazer gol, afinal, esse ainda é o objetivo do futebol, mesmo que os técnicos sigam o padrão Parreira de qualidade “gol é só um detalhe…”

Reinaldo

Será que o lateral terá uma história com o timeco como, na década de 80, o ex-ponta Edivaldo tinha com o mesmo time? O São Paulo poderia jogar 10 vezes ao ano contra, poderia perder 9 jogos, mas jamais perderia de 0, pois pelo menos um gol, Edivaldo faria. Temos depois, Cicinho fazia o mesmo contra o time da “Tia Leila”. Espero que sim, pelo menos Reinaldo pode entrar na história do São Paulo, pois como um dos melhores laterais da história, isso ele não conseguirá mesmo!

Escrevo esse artigo antes do jogo contra o Goiás, mas quero que esse jogo contra o timeco seja um marco para que o São Paulo de Diniz melhore e evolua, pensando em grandes conquistas em 2020, pois esse ano, dificilmente o Flamengo perde o título. E parabéns, pois é um time que joga para frente e deveria servir de modelo para os outros!

*Felipe Morais. Publicitário, apaixonado pelo São Paulo Futebol Clube. Sócio da FM Planejamento, Palestrante sobre marketing digital, comportamento de consumo e inovação. Autor dos livros Planejamento Estratégico Digital (Ed. Saraiva) e Ao Mestre com carinho, o São Paulo FC da era Telê (Ed Inova) – http://www.livrotelesantana.com.br/  – facebook.com/plannerfelipe e @plannerfelipe