Antony era o assunto da arquibancada, do isopor na saída do Pacaembu, mas também (e sobretudo) das redes sociais.

“Ele perde muitos gols”. “Ele não sabe finalizar”. Diagnóstico esse que vem se avolumando, criando corpo, a cada partida.

Antony, de fato, jogou fora duas chances preciosas contra o Fortaleza, assim como perdeu a “bola do jogo” contra o Flamengo no Maracanã.

Fato… Antony, a nova joia são-paulina, tem grandes problemas para definir as jogadas. Seu chute é fraco e previsível. Muitas vezes, mesmo assim, prefere tentar o gol do que o último passe. Outro problema…

Antony é mais um exemplo do jogador “mal acabado” formado no futebol brasileiro, como Vinícius Júnior, por exemplo. Não trabalhou alguns fundamentos na base e no profissional “ninguém faz mais isso” – ah, que saudades de Telê Santana…

Se não conseguir evoluir no aspecto da definição, como o corintiano Pedrinho conseguiu, por exemplo, Antony pode ficar pelo caminho. Ser apenas um jogador comum, e não um jogador que decide jogos com a habilidade que tem. Atacante tem que fazer gols. Ponto.

Esses são os defeitos de Antony. As redes sociais, a arquibancada e as cornetas já detectaram.

Mas o moleque tem uma série de virtudes também, todas elas expostas no mesmo Pacaembu – estádio não mente. Nunca…

A principal delas. Antony não se omite. Não se esconde, não foge da bola, não deixa de tentar. Mesmo depois de ter perdidos gols, abalado emocionalmente.

Ele briga até o fim, deixa a alma no campo… Já repararam que muito raramente perde substituição, mesmo extenuado? Fica até o fim. Vai até a última gota de suor. Tem personalidade; um ingrediente essencial para qualquer grande jogador.

As virtudes e a insistência de Antony fizeram o São Paulo vencer o Fortaleza. Na marra. A assistência para Igor Gomes, seu colega desde menino, descrevem tudo o que o moleque tem de bom.

Ele é o mais jovem e o mais constante jogador do time em 2019. Lembrem que no início do ano estava disputando a Copa São Paulo e nem fazia parte do grupo principal…

Antony faz falta. E isso vai ficar escancarado na semana em que a seleção olímpica o “sequestra” mais uma vez, tirando-o justamente das partidas cruciais contra Bahia e Corinthians.

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