Apesar dos problemas financeiros que vieram a público nos últimos meses, como o atraso de direitos de imagem de alguns atletas, o São Paulo segue tranquilo e confiante de que as pendências com o elenco não irão afetar o desempenho dentro de campo. Ao menos é o que garantem tanto o diretor de futebol Raí, quanto o gerente-executivo Alexandre Pássaro, que revelaram como está sendo a condução do fato dentro do grupo.

“Primeiro de tudo é conversar olho no olho, frente a frente. Eu converso isso com os jogadores e na última semana de forma mais intensa, sempre sendo claro com eles. Temos maneiras de cumprir os compromissos. Falando abertamente sabemos que dá para controlar, mas a prioridade é o compromisso. O São Paulo, em quase 100 anos, nunca deixou de cumprir nenhum compromisso. Isso não vai acontecer agora”, disse Raí.

Em entrevista coletiva concedida no Centro de Treinamentos da Barra Funda, dois dos principais membros da diretoria do São Paulo explicaram o atual momento financeiro do clube, comentaram sobre os atrasos em direitos de imagem, a boa relação com o elenco e, inclusive, a meta de lucrar R$ 120 milhões de reais com vendas de jogadores. Ao mesmo tempo, para não ter que vender jogadores, principalmente os jovens da base, a cúpula promete ser “inventiva”.

“Vamos buscar seguir o orçamento e estamos pensando em formas de cumprir com os nossos compromissos e encontrar alternativas de forma inventiva. Nosso pensamento é em não perder o aspecto esportivo”, explicou Alexandre Pássaro, gerente de futebol e homem forte do futebol do São Paulo quando se trata de negociações.

“O São Paulo passa por dificuldades financeiras que seriam facilmente resolvidas com vendas de atletas. Isso não quer dizer que atletas não possam sair. A janela começou há nove dias, mas o nosso direcionamento não é para negociar nenhum dos meninos que acabaram se surgir”, completou.

Em 2019, o São Paulo desembolsou quantias milionárias para trazer nomes tarimbados ao elenco, como Pablo (R$ 25 milhões), Hernanes (R$ 13 milhões) e Tchê Tchê (R$ 22 milhões). Raniel, por sua vez, custou R$ 13 milhões, mas sua vinda foi bancada por um intermediário, que será ressarcido apenas a partir de 2020. Dessa forma, o time do Morumbi buscar sanar todos os problemas o mais rápido possível, até mesmo antes da reestreia na temporada, diante do Palmeiras, no próximo sábado, no Morumbi.

Gazeta Esportiva