Estou exausta de torcer por esta equipe que veste nosso manto.  Cansada de ver nosso time ridicularizado através da grande mídia. A Rede Globo de televisão esta semana deitou e rolou aproveitando a ingenuidade de um garoto que não aguenta mais acreditar no seu time de coração, a ponto de achar mais fácil torcer para um segundo time: o São Caetano.

O São Paulo está morto, pelo menos o corpo. Quando e quem  irá ressuscitar este espírito que vaga sem saber por onde? Não sei. Estou de luto, porque a tristeza, o desânimo, a vergonha estão atormentando a minha alma. Espero que nossa história de tantos momentos homéricos, um dia, seja resgatada em meio ao mar de lágrimas que, sem exageros ou eufemismos, percorre o caminho das arquibancadas, cadeiras, daqueles que ficam em frente ao monitor de tv, ou com ouvido colado no rádio, ligados ao celular, na esperança da volta por cima, duradora e não momentânea. Só entende quem torce e é apaixonado por um time de futebol. Quem viveu uma época de glórias que vem do passado e insiste em lá permanecer.

Se coloquem na pele daquele torcedor que com dificuldade paga seu ingresso, passagem, caminha  por horas, toma chuva e continua gritando com ardor “Vamos São Paulo, Vamos São Paulo, Vamos ser Campeão”! Parece que ninguém os ouve. Porque olhe os preços dos ingressos! Esta diretoria não deveria nem cobrar. Porque se tem dinheiro para pagar os medalhões, os aposentados que estão fora de forma, sem ritmo de jogo ou não assumem responsabilidades, não precisam do nosso suado salário por este futebol, pode-se dizer adolescente. Não culpem os meninos, Toró não tem culpa senão arrisca no gol e prefere passar, Anthony se está na seleção ou Lizieiro e Luan. Os nossos jogadores não se prepararam adequadamente. Por causa da copinha, da Flórida Cup? Que seja! Para quê? Dinheiro?  

Cuca? Bem, este será devidamente cobrado por erros após a Copa América. Então, de quem é a culpa? Serei repetitiva: o senhor presidente e seus diretores, inclusive os ex! Vocês planejaram ou colaboraram com este circo de horrores!  Ai, de nós!

Maria Denise Nery Santiago