Leco assumiu o São Paulo interinamente em 2015, no G-4 do Brasileiro, na semi-final da Copa do Brasil, e com dívida bancária de R$137 mi.

Logo que assumiu, perdemos duas partidas para o Santos, e uma goleada para Corinthians, onde ele fez questão de aparecer para dar entrevista dizendo:

“Eu estou aqui presente para abordar esse momento difícil, traumático e triste da vida do São Paulo, fundamentalmente motivado pelo resultado desastroso de ontem. Que nos causou, assim, da perplexidade à indignação. O São Paulo quer, por sua presidência, expressar o seu sentimento de solidariedade à sua torcida pela profunda tristeza que todos nós estamos vivendo. E que certamente não se relaciona tão somente ao momento circunstancial do jogo de ontem, mas que também tem a ver com uma problemática estrutural, com questões estruturais que nós estamos enfrentando desde algum tempo. O que aconteceu ontem pode ser interpretado como um desaguar, uma consequência, de problemas”, falou Leco

No elenco encontrou um São Paulo super ofensivo com Rogério Ceni, Alexandre Pato, Luis Fabiano.  Juntos somavam quase R$2,2 milhões em salários.

Em 2016, com economia de salário dessas estrelas, apostou em Denis e Renan Ribeiro para substituir Ceni, Calleri (empréstimo de 6 meses) para substituir Luis Fabiano, e Kieza para substituir Pato.

Alem disso no começo desse ano, conquistávamos uma Libertadores sub-20, algo inédito.  Torcedores como eu, pensamos:  temos um futuro brilhante pela frente com Perri, Lyanco, Maidana, Inácio, Artur, Lucas Fernandes, Luiz Araujo e David Neres.

E contratou um técnico reativo.  Edgardo Bauza.  Chegamos longe na Libertadores, enquanto ainda tinhamos um pouco de entrosamento com Bruno, Rodrigo Caio, Hudson, Thiago Mendes, Ganso e Michel Bastos.

Mas, já para o 2° semestre de 2016, já não tinhamos mais Calleri e Kieza.  Além disso, vendeu Ganso, que estava desde 2013 e Alan Kardec desde 2014.  Para subsititui-los, trouxemos Ytalo, Robson, Chavez, Jean Carlos, Cueva e Gilberto.

Todos pensaram que essa economia, seria para acabar com a dívida bancária.  Afinal, foi anunciado patrocínio de R$35Mi.

Ou seja, economizamos em um ano R$2,2 mi em salários de RC01, LF09 e AP11.  EM 1 ano, economia de R$25 mi.

Fora isso vendeu Ganso por R$17 mi e Kardec R$18 mi. 

Libertadores de 2016 entre receita e premiação tivemos R$40 mi.  

E de Luvas da assinatura da TV Fechada R$60Mi.

Ou seja, R$195 mi, dinheiro suficiente para acabar com a dívida bancária.

Os mais experientes então passaram a ser:  Denis desde 2009, Rodrigo Caio desde 2011, Reinaldo desde 2013, Hudson desde 2014, Michel Bastos desde 2014, Bruno, Carlinhos e Wesley e Thiago Mendes desde 2015.

Já em 2017, Leco correu para se desfazer de Reinaldo, Hudson, Michel Bastos, Thiago Mendes, Wesley e Carlinhos.  (Não estamos questionando a qualidade e se fez falta ou não, mas perceba que hoje nossos titulares são Hudson e Reinaldo.  Ou seja, ficou provado que quando jogadores saem, voltam melhor que se ficar aqui).

Apostou em emprestados, mesmo com os problemas criados por Calleri e Maicon, que fez a torcida sofrer, como W. Nem, Neiton, Marcinho, Denilson, Marcos Guilherme, Morato e Jucilei.

Além disso veio Sidão, Thomaz, Cícero (que já havia rescindido com Clube em 2013, quando Leco era Vice Presidente). Para ganhar as eleições, trouxe Pratto.

E desmontou o time campeão da Libertadores sub-20, vendendo Lyanco, “doando” Inácio para o Porto (na negociação com Maicon que saiu no meio de 2017), emprestando Artur, vendendo Neres e Araújo.

No Meio do ano, ainda vendeu Maicon, zagueiro contratado a peso de ouro em 2016.  trouxe os bons Arboleda e Bruno Alves, que teriam que se entrosar, e Petros.

E o time precisou de Hernanes para fugir do rebaixamento.

Com R$181 mi em venda de jogadores, dava para pagar a dívida inteira de 2015.  De novo, tivemos prejuízo desportivo, sem resolver a pendência financeira.

2018, começou com contratações de peso!  Jean, Diego Souza, Nene, Anderson Martins, Trellez, Everton e Jucilei em definitivo.  

Isso tudo para abafar Hernanes não era de 1 ano, e sim 6 meses e o empréstimo de Marcos Guilherme era de 1 ano e não 1 ano e meio como foi anunciado.

E com despedida de Denis, desde 2009 (como durou tanto, como ele foi responsável por substituir Rogério Ceni), os mais experientes (capitães)voltaram a  ser Reinaldo desde 2013 (saindo para empréstimos) e Hudson de 2014 (que 2017 também não estava).  Afinal Rodrigo Caio se machucou.

Com um time reativo, jogando em contra-ataque, o time com idade média altíssima, chegou a liderança do campeonato brasileiro.

Mas, um time de veteranos jogando com intensidade, a queda no 2° turno, foi digna de time rebaixado. Ou seja, mais um erro de planejamento que foi demonstrado no começo desse ano: Diego Souza e Trellez saíram, e Nene, Jucilei, A. Martins, se tornaram reservas para jovens que nem pré-temporada fizeram.

E ao término de 2018, chegamos a R$150 mi em vendas!

2019, começamos o ano com Copa Florida e colocando Hernanes, Biro-Biro há meses sem jogar, Pablo que jogou final de Sulamericana.

Nesse período Antony estava com Time sub-20 disputando Copa São Paulo, Igor Gomes, Luan e Toró na seleção Sub-20.  

Ou seja, chegamos longe no Paulsita, pelo Planejamento de Leco e Raí serem desastrosos!

Afinal, em ano de Libertadores, torcedores do São Paulo pouco se importam com Paulista.  Mas, foi o que nos restou.

Mas, importante é verificar o feito desses meninos que nem pré-temporada com time principal fizeram:  contra o Palmeiras enfrentamos um time com Prass desde 2013, Dracena desde 2016, Antonio Carlos desde 2017, Vitor Luis desde 2014, Felipe Mello desde 2017, Bruno Henrique desde 2017, Moises desde 2016, Dudu desde 2015.  E a terceira passagem do treinador.

Contra o Corinthians, Cassio 2012, Fagner 2014, Ralf ficou de 2010 a 2015 e voltou em 2018, Jadson 2014 (ficou 1 ano fora), Vagner Love que jogou em 2015 e voltou, Gustagol desde 2016, Clayson desde 2017.  E um treinador que conquistou sem 3° título consecutivo com o time.

Enfim, a dúvida agora é se esse time fica por mais 2 anos, ou se vem reformulação novamente, vendendo jovens, e trazendo jogadores emprestados com salário de Europa, e que no final do ano, tem que recomeçar tudo de novo e apostando em jogadores sem mercado no Brasil e Exterior como Hudson, Reinaldo, Jucilei, W. Farias e J. Gomez, e com os meninos que hoje jogam no Sub-17, que em 6 meses são vendidos.

Ernani Takahashi

Twitter:  @airnani