A Sport Promotion/Ecotone assinou o contrato dos direitos internacionais do Brasileiro uma semana além do prazo previsto. A CBF decidiu aceitar o acordo mesmo assim, embora houvesse previsão de chamar concorrentes por descumprimento. Agora, os clubes precisam assinar o documento para a empresa pagar a primeira parcela: serão US$ 21 milhões (R$ 80 milhões) a serem divididos pelos times.

Houve uma concorrência pelos direitos internacionais do Brasileiro no qual tornaram-se finalistas a Sportportion e o fundo Prudent. Os clubes preferiram a primeira empresa por ser um contrato mais curto de quatro anos, apesar de a proposta da última ser bem superior. O valor acertado foi de US$ 42 milhões por ano (R$ 160 milhões).

O problema é que, depois disso, a Sport Promotion/Ecotone demorou para assinar o contrato pelos direitos do Nacional. O prazo final era de 29 de março e o documento só foi assinado em cinco de abril. A CBF aceitou prorrogar o prazo, embora pudesse chamar de volta a Prudent para a concorrência.

Foram apresentadas garantias financeiras pela Sport Promotion para cobrir o valor da proposta. Agora, os 20 clubes do Brasileiro da Série A têm que assinar o documento. A partir daí, a empresa tem que pagar o valor de R$ 80 milhões, que será dividido igualmente entre os clubes, com 10% sendo destinado à Série B. Ou seja, cada time deve receber inicialmente R$ 3,6 milhões.

A expectativa em relação ao pagamento é porque a BR Foot, que ganhou a primeira concorrência para os direitos internacionais do Brasileiro, nunca pagou os clubes e a CBF. Assim, o acordo foi anulado.

Rodrigo Mattos