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Amigos tricolores,

Antes que aqueles que leem o titulo e já entendem todo o contexto comecem a criticar, quero dizer que o artigo não vai queimar o mais novo reforço tricolor. Muito pelo o contrário, eu até gostei do Tchê-Tchê chegando ao tricolor, pois me lembro, no passado dele ter feito bons jogos pelo time da Tia Leila, além disso, se tem uma coisa que eu confio no Cuca é o seu poder de montar times, como o fez em 2004 no São Paulo trazendo a base para os títulos de 2005 a 2008, mesmo que ele, não pode ser protagonista daqueles títulos. Cuca acertou muito mais, do que errou com as contratações e a minha esperança no Cuca é por dias melhores: Títulos!

Obrigado, Mancini

Bem, antes de falar sobre Tchê-Tchê, devemos agradecer ao Mancini. Como já disse aqui, ele não é, nem de longe o técnico dos sonhos no São Paulo, mas fez um bom trabalho, mesmo que tenha seguido muitas orientações do Cuca. Uma coisa é fato, recado dado os paneleiros: No novo São Paulo não terão vez! Apenas o “craque” Reinaldo está em campo, e me desculpem no artigo passado, quando disse que é ruim, erro meu, ele é um craque! 

Mancini limpou a área, deu espaço e confiança para a molecada e jogou de igual para igual com o Palmeiras, no sábado. Só espero, que no próximo domingo, o time tenha, agora com Cuca, a mesma pegada e raça. Sem dúvida, o time da Tia Leila e o tabu, de nunca termos vencido no Allianz,estão a favor do time verde! Obviamente, estou torcendo para irmos a final, mas se isso não ocorrer, que pelo menos, se perder, que perca lutando, brigando e com raça. 

Tchê-Tchê

Voltemos a falar o volante. O meu artigo, como disse no começo dele, não tem, em nenhum momento, a intenção de queimar o novo jogador. Ele nem vestiu a camisa do tricolor ainda para poder falar algo, tanto de bom como de ruim. Segundo a imprensa, Tchê-Tchê é um pedido direto do Cuca que gosta muito do jogador e entende, que ele é peça vital para o esquema tático do técnico no São Paulo, inclusive, o próprio Cuca ligou mais de uma vez para o volante e disse que precisava da ajuda dele para convencer os ucranianos. Como disse e reforço, eu gosto do trabalho do Cuca e confio nas suas escolhas de jogadores, pois ele mostrou, no São Paulo de 2004 que sabe o que está fazendo.

Onde entrar?

O objetivo desse artigo é jogar o debate para todos. Tchê-Tchê chegou, o Cuca o considera fundamental para o esquema. Mas onde ele vai jogar? A resposta óbvia é no meio de campo, apesar de, se não me falhe a memória, ele ter jogado algumas vezes na lateral direita no time da Tia Leila. A tendência é de Cuca manter o 4-3-3 que Mancini vinha jogando, então, haverá apenas 3 vagas no meio de campo. Na minha visão, uma é incontestável, Hernanes, sobrando 2. Luan é primeiro volante, posição em que Tchê-Tchê não joga, ou seja, cabe a ele, brigar com uma joia da base, que é uma realidade desde o ano passado, o jovem Lizieiro. Isso, de cara, já causará um mal estar no time, pois, o Lizieiro além de ser o destaque das partidas em que joga, é um cara muito querido pelo grupo, por outro lado, Tchê-Tchê virá ganhando um salário altíssimo, não vem para ser banco! Um problema para Cuca, que além disso, precisará tirar Igor Gomes do time, bem o meia que está dando uma outra dinâmica ao time. Alguns podem dizer que esse é o “bom problema” quanto o técnico tem pelo menos 15 “titulares” mas há se de pensar no ego de cada pessoa, na vaidade dos jogadores, uma das coisas que mais atrapalha um time de futebol. E por falar em ego, Tchê-Tchê ainda diminui ainda mais a importância de Nenê no time, que se quisesse jogar, seria titular, até em um 4-4-2 com Luan, Lizieiro/Tchê-Tchê, Hernanes e Nenê, tendo Everton e Pato no ataque. Mas ele quer jogar? Não me parece, e com Cuca, panela não tem vez!

Lizieiro no ataque?

Li em um dos grupos que participo uma teoria de que Cuca deve colocar Lizieiro no lugar, que hoje, é do fraco Everton Felipe, deixando um ataque com Lizieiro, Pablo e Pato, por outro lado, Pato gosta de jogar por aquele lado do campo. E se isso ocorrer, há uma outra perda, Anthony no banco. Não que eu ache que ele deva ir para o banco, afinal, está jogando muito bem. Pode, também, esquentar o banco a maior contratação da história, Pablo, deixando Pato centralizado com Anthony mantido na equipe. Um ponto positivo, Cuca terá nas mãos peças para quebrar a cabeça e encaixar da melhor forma que deixa o São Paulo leve e competitivo. Lizieiro, Pato e Anthony, é um ataque de qualidade e bem rápido, como Cuca gosta!

Time competitivo

Uma coisa é fato. Lizieiro se machuca muito. Uma pena, para um jogador que tem tudo para ter uma carreira das mais brilhantes no futebol. Outro fator é que tendo ele e Tchê-Tchê para a mesma vaga, obrigará que ambos joguem mais, se dediquem mais, para se manter em campo. Hernanes, é outro que não poderá jogar apenas com o nome. Essa sua volta, ele ainda está devendo, mas compreendo perfeitamente a falta de ritmo e a séria contusão, ele voltará a ser aquele Hernanes de 2017, sem a menor sombra de dúvida, em pouco tempo, estará em campo ajudando e comandando o São Paulo como o fez em 2017 nos livrando da Série B, uma zona onde Corinthians e Palmeiras dominam, nós, nem sabemos onde é!

O São Paulo disputará alguns campeonatos esse ano, e precisa de um time competitivo. Não se forma um time apenas com 11 jogadores, esses chavões do futebol, conhecemos de longa data, mas são uma realidade. É fundamental, um técnico ter “banco” para poder fazer alterações táticas durante uma partida em que um jogador não está bem, ou que ele sabe que outro pode fazer algo diferente, tudo isso justifica a chegada de Tchê-Tchê, o problema agora é, onde colocar o jogador. Até na lateral direita, Hudson tem dado conta do recado. Claro, isso é um problema do Cuca, eu, como torcedor, apenas dou meus pitacos – como a grande maioria o faz – querendo o melhor para o time que amo, afinal, sei que todos aqui estão de saco cheio de ser chacota de outros times e alvo fácil de times grandes.

Um time não se faz apenas com 11 titulares, temos visto isso no São Paulo há anos, por isso, ter um time que tenha pelo menos 15 titulares é uma boa para o técnico. Na Europa é comum rodízios, até Messi e Cristiano Ronaldo ficam no banco, as vezes, no Brasil, como Luis Fabiano bem disse, isso não é comum, porque o técnico não combina nada antes, chega no dia e diz quem joga ou não, mas que se bem planejado o jogador entende. Espero que Cuca faça isso.

Tchê-Tchê, bem vindo!

Rapaz, você está chegando em um dos maiores times do mundo, o único que pode, sem ajuda de juiz, fax ou caneta, gritar que é Tri Mundial, então, chegue com vontade de jogar, honre essa camisa, ajude o time a ter títulos e você será, aqui, um ídolo. Estamos lhe apoiando!

*Felipe Morais. Publicitário, apaixonado pelo São Paulo Futebol Clube. Sócio da FM Planejamento, Palestrante sobre marketing digital, comportamento de consumo e inovação. Autor dos livros Planejamento Estratégico Digital (Ed. Saraiva) e Ao Mestre com carinho, o São Paulo FC da era Telê (Ed Inova) – www.livrotele.com.br – facebook.com/plannerfelipe e @plannerfelipe