O São Paulo tem interesse na contratação de Vitor Bueno, emprestado pelo Santos ao Dínamo de Kiev-UCR. E é esse um dos motivos do Peixe dificultar a liberação do meia-atacante.

O presidente José Carlos Peres e o empresário de Bueno, Juliano Leonel, deram versões diferentes sobre a situação do atleta em entrevista à Gazeta Esportiva. E ambos não falaram da procura do Tricolor.

O primeiro objetivo do agente era costurar a volta de Vitor Bueno ao Santos, a pedido do técnico Jorge Sampaoli. Em reunião na última quarta-feira, porém, Peres não demonstrou interesse na contratação. Com o impasse, Juliano buscou estipular um valor de compra fixado (inexistente no atual contrato) e conseguir um “ok” pelo retorno do jogador ao Brasil.

O presidente, sabendo por terceiros da investida do São Paulo, resolveu impor uma condição curiosa para liberar Bueno: o empresário negociar com o Dínamo uma quantia fixada de 6 milhões de dólares (R$ 23,5 mi) para Derlis González e também para Vitor. Ambos foram trocados até julho de 2020 e não há prioridade pela permanência firmada no acordo.

O agente disse não ser possível o acordo com o Dínamo, até por não ser empresário de Derlis, e as conversas emperraram, inclusive com o presidente bloqueando Juliano Leonel pelo Whatsapp depois de dizer: “Valor de compra fixado para os dois ou mantemos o atual contrato”.

Outra motivação de Peres para complicar a vida do Tricolor é a lembrança de uma atitude da diretoria rival em fevereiro. O São Paulo tinha prioridade pela compra de Cueva e não quis repatriá-lo, mas esperou até o fim das 48 horas para se posicionar e atrasou as tratativas.

Vitor Bueno chega ao Brasil neste domingo para tentar um novo clube às pressas. A janela de transferências fecha na próxima terça-feira e o jogador pretende procurar a diretoria do Santos pessoalmente na Arena Corinthians para conseguir retornar ou ir para outra equipe.

Mesmo com o aval de Sampaoli, o Peixe não vê grande chance de trazer Bueno e justifica com o salário três vezes maior na Ucrânia. Enquanto isso, o atleta não quer retornar à Ucrânia, onde não é utilizado, e corre contra o tempo antes do fechamento da janela.

Vale destacar que o contrato de Derlis, independentemente do destino de Bueno, segue o mesmo por ora. O paraguaio está emprestado até julho de 2020, sem valor de compra fixado. O Dínamo pagou 10 milhões de euros (R$ 44 mi) para tirá-lo do Basel-SUI, em 2015.

Vitor Bueno atuou por 80 minutos em quase oito meses e nem sequer jogou partidas oficiais em 2019. Depois da chegada à Ucrânia, entrou em campo contra Chornomorets, Desna e Mynai entre agosto e outubro do ano passado. Três partidas saindo do banco de reservas e sem marcar gol ou dar assistência. Uma lesão muscular na inter temporada dificultou ainda mais a afirmação no elenco.

FOX