Em entrevista coletiva, o coordenador técnico do São Paulo, Vagner Mancini, reclamou da postura do árbitro Vinicius Furlan após anulação do pênalti sobre o palmeirense Dudu no primeiro tempo do empate por 0 a 0.

“Na hora que aconteceu o lance, achei que não tinha sido pênalti, mas vi a marcação firme do árbitro. Depois vi na TV e sido achando que não foi pênalti. E a não-marcação fez com que o árbitro analisasse lances de forma diferente no segundo tempo. Deixou de marcar três faltas para o São Paulo, no Antony, Everton e Pablo”, disse.

O lance ocorreu aos 37 minutos de jogo, quando Dudu entrou na área e caiu após leve toque de Reinaldo. O árbitro não hesitou em assinalar o pênalti, mas voltou atrás na decisão após consultar o VAR.

“A postura do árbitro se alterou ao longo do jogo. Quando você reclama de algum lance e vê na TV que sua interpretação foi errada, a gente fica um pouco envergonhado. O VAR está interferindo nisso. Temos que achar um mecanismo para que o VAR proteja e ajude o futebol, e não que gere dúvida e faça o árbitro de forma diferente”, acrescentou.

Questionado se o pênalti anulado deixaria o clima ainda mais hostil para o jogo de volta, no Allianz Parque, Mancini disse: “A partir do momento que duas equipes disputam uma vaga na final, é óbvio que os ânimos ficam mais exaltados, início de jogo é sempre de muita marcação, quando sai falta reclamam com árbitro, com o passar do tempo vai se acalmando e a gente vê mais futebol”.“Isso é uma tônica do futebol brasileiro e deveria terminar. Gostaria de ver um jogo jogado desde o primeiro minuto, mas nossa cultura não é essa. Ainda se usa em campo a interpretação para pressionar o árbitro. Espero que seja um grande jogo e que ainda se jogue mais futebol”, concluiu.

O duelo de volta está marcado para o próximo domingo, às 16 horas (de Brasília), na arena palmeirense. Em caso de novo empate, a vaga será definida nos pênaltis.

Gazeta Esportiva