Embora a posição de segundo volante seja uma das grandes carências do atual elenco de André Jardine, Rodrigo Nestor deverá levar um tempo para pintar na Barra Funda

Rodrigo Nestor foi um dos grandes destaques do time sub-20 do São Paulo nesta Copinha. Aos 18 anos, o meia chama a atenção por sua grande visão de jogo e técnica apurada, apesar do porte franzino, e prontamente passou a ser cotado no time profissional pela torcida. Embora a posição de segundo volante seja uma das grandes carências do atual elenco de André Jardine, o camisa 8 da base deverá levar um tempo para pintar na Barra Funda.

Se com a bola Rodrigo Nestor não tem qualquer problema, a situação muda quando o assunto são questões físicas. O meia tem um déficit muscular considerável em comparação com os outros atletas da sua idade, fato que força a comissão técnica a prepará-lo com mais cautela.

“Com o Rodrigo é fácil, ele é um menino inteligente, tecnicamente é um dos melhores que nós temos na base, mas ele tem esse problema na parte física. Ele entrou ano passado no sub-20, ia sentir dificuldade, como está sentindo”, explicou Orlando Ribeiro.

Na final da Copinha contra o Vasco, Nestor foi substituído no segundo tempo, e o São Paulo passou a sofrer mais para criar jogadas de perigo. Com menos fluidez no setor ofensivo, o time comandado por Orlando Ribeiro acabou sofrendo o inesperado empate e teve de decidir o título nos pênaltis.

“Aos poucos ele está melhorando, ficando mais homem. Mas, o São Paulo tem por meta primeiro a técnica, depois a força. Por enquanto, ele está sentindo um pouco na força, mas é melhor você colocar primeiro a técnica e depois colocar a força. Então, talvez o nosso maior problema tenha sido quando precisamos da força, da experiência”, avaliou o técnico do sub-20.

Desta forma, o plano da comissão técnica é manter Rodrigo Nestor em Cotia por mais algumas temporadas para que ele adquira um biotipo suficiente para que ele consiga competir no time profissional, em que ele irá se deparar com atletas muito mais velhos e, consequentemente, mais preparados.

“Tem que aguardar a evolução dele. Hoje seria um pouco precipitada [a promoção dele para o profissional]. É muito nítida qual a dificuldade que ele tem. Quando tempo ele vai precisar eu não sei dizer. Temos o Antony, o Tuta, que estão na transição para o profissional, temos uma equipe que está sendo formada pelo Jardine. A comissão técnica do profissional tem que ver o que realmente está faltando para depois analisar se os meninos que temos aqui irão suprir as necessidades”, concluiu Orlando Ribeiro.

Gazeta Esportiva