Enquanto o São Paulo olha para o mercado e pensa até em Hernanes para reforçar o meio de campo, Shaylon olha para o futuro e pensa em uma forma de conseguir jogar mais. O garoto completará 22 anos em abril e iniciará a sua terceira temporada como profissional, mas ainda não se firmou no Tricolor. E uma forma de conseguir, enfim, deslanchar seria buscar novos ares em 2019.

A necessidade de uma sequência de jogos não foi identificada apenas pelo armador lançado na equipe principal em 2017 por Rogério Ceni. O próprio São Paulo entende que Shaylon precisa de mais tempo e confiança em campo para desenvolver o mesmo futebol que o tornou destaque no sub-20.

Nos treinos no CT da Barra Funda, o meia mostra fundamentos muito precisos. Consegue participar de trocas rápidas de passes, acerta lançamentos longos e tem ótima capacidade de finalização. Mas nas partidas que fez como profissional isso foi pouco visto, exceção feita aos chutes de fora da área.

O diagnóstico dos 39 jogos pelo São Paulo – com quatro gols marcados – passa pela falta de experiência, maturidade e intensidade. Elementos que poderiam ser melhorados justamente com uma sequência maior de partidas, algo que o Tricolor talvez não consiga entregar em 2019 à revelação.

Afinal, o elenco hoje conta com Nenê e Igor Gomes para a posição, Pablo pode atuar mais recuado, atrás do centroavante, e a diretoria pensa em contratar mais para o setor. Hernanes poderia ser essa peça.  

A esperança está no técnico André Jardine. Foi com ele que Shaylon viveu os melhores momentos da carreira, jogando com liberdade para entrar na área como elemento surpresa e se consolidando como um dos artilheiros do time sub-20. O treinador pode dar o espaço e a confiança necessários para que o garoto engrene sem precisar se aventurar em empréstimos.

UOL