Ninguém está feliz com este final de 2018 em que no máximo, nos contentaremos com o G4.

Queríamos a taça, óbvio. Faz tempo que não sentimos esse gostinho…

Mas, vamos iniciar finalmente um ano, em que o Diretor de Futebol está sólido e firme. O time finalmente tem uma base e a base vem ganhando espaço. Deixou de ser discurso.

Saímos de 2 anos seguidos de “Time grande não cai” para uma classificação na Libertadores, pré ou não, estamos lá.

Já vamos direto para as oitavas de final da Copa do Brasil, o que parece pouco mas é tão raro nós chegarmos lá que a última vez foi 2016 e não passamos dela, desde 2015. Chegamos as 4as, apenas em 2012. Final, apenas 1.

Conseguimos “apenas” isso até aqui, com 3 rodadas de antecedência. Lideramos por 8 rodadas.

Criamos a euforia, a expectativa…sentimos o gostinho bom de sermos líderes e navegarmos sozinhos no topo novamente.

O ponto agora é: definir o treinador, planejar bem, contratar bem. Fortalecer o que se tem!

A espinha dorsal existe e é sim boa. Em 2018, começamos perdendo Hernanes e Pratto, sabendo que Marcos Guilherme ia embora no meio do ano, cheio de dúvidas. Para 2019, já sabemos que Jean e Perri tem que ser os goleiros, temos um camisa 9 que ficará, temos uma zaga sólida, temos bons volantes, a base pedindo passagem. Temos como investir e competições boas a se disputar.

Teremos Florida Cup, Paulistão, Copa do Brasil, Libertadores, Brasileirão e dependendo do caso, Sul Americana.

É ano para solidificar a base, construir sobre ela e não desmanchar ou achar que tem que desfazer tudo. Perdemos muito pouco, o time é estável e com ajustes, pode fazer muito mais, sonhar mais. Enquanto outros nadam no dinheiro e tem 3 a 4 peças por posição, nós mal temos uma e incomodamos. É a hora boa de encaixar o quebra cabeça como fizemos já muito bem muitas vezes como em 2005, 2006, 2007 e 2008. Em 2012, um bom exercício que caiu por terra em 2013 e recomeçou em 2014 quando fomos vice. Em 2016, semifinais de Libertadores com um elenco fraco. O final de 2016 e 2017 foram péssimos, retrato da gestão da época e do planejamento.

2018 foi ruim não ter taça mas foi muito superior em desempenho em campo e dentro dele. A conquista da vaga para Libertadores é só um pequeno prêmio.

Temos que ir além, não se contentar com pouco, mas sempre estar chegando. É assim que se conquista.

Em 2019, sem limarmos treinadores, sem imediatismos e sim, solidez e confiança. Confirmar a vinda de Hernanes que é tão conversada já eleva o nível dentro e fora do campo. Que venham as 5 peças planejadas pela diretoria e que a base preencha as demais lacunas.

No mais., melhorou politicamente, melhorou o caixa, as dívidas. Falta só mesmo acertar no futebol e voltar a conquistar, voltar a vencermos.

Que essas últimas 3 rodadas sejam muito boas e que nosso final de ano seja de confiança para um 2019 mais construtivo e digno da grandeza do São Paulo FC que amamos e conhecemos.

Alexandre Zanquetta