A situação de Diego Aguirre no São Paulo ficou mais instável depois do empate por 1 a 1 com o Corinthians, no último sábado (10). O Tricolor jogou durante todo o segundo tempo com um jogador a mais (Araos foi expulso no fim da primeira etapa), mas desperdiçou a chance de vencer na Arena. Além disso, o time atuou abaixo do esperado, fator que deixou insatisfeito integrantes do departamento de futebol do Tricolor, como declarou o executivo de futebol do clube, Raí.

Internamente, há no clube quem acredite que o treinador uruguaio já tenha perdido a mão do time, que caiu de rendimento no segundo turno do Brasileirão. Depois de fechar a primeira metade da competição na liderança, com 71,9% de aproveitamento, a equipe conquistou apenas 40,4% dos pontos possíveis na segunda parte do torneio.

O treinador uruguaio tem contrato com o São Paulo só até o fim deste ano. No Morumbi já existem dirigentes que defendem a tese de que, se o o time não derrotar o Grêmio em casa, na próxima quinta-feira, já deveria ser feita uma troca no comando técnico. Porém, integrantes do departamento de futebol tricolor consideram prematuro fazer uma avaliação deste porte neste momento.

Há cerca de dois meses, a diretoria do São Paulo estava satisfeita com o trabalho do treinador e chegou a demonstrar a intenção de conversar sobre a possibilidade de renovar o vínculo com o uruguaio. No entanto, Aguirre achou que não era o momento para tal discussão e preferiu deixar tratar o assunto depois do Brasileirão.

Segundo apurou o UOL Esporte, o próprio treinador já deixou claro que não pretende seguir no clube caso não consiga a vaga para a Copa Libertadores de 2019. O Grêmio ultrapassou o São Paulo hoje e agora o São Paulo está fora do G4.

Na terça-feira, será realizada uma reunião do Conselho Deliberativo do clube. Na ocasião, deverá ser debatida também a situação do time. É possível que o executivo Raí vá falar sobre o momento da equipe no encontro e sofra pressão de conselheiros.

UOL