Sejamos honestos: no dia 16 de abril, quando o São Paulo venceu o Paraná por 1 a 0 na primeira rodada do Campeonato Brasileiro, nem o mais otimista de seus torcedores esperava que o time chegasse ao terço final da competição na briga pelo título.

Pois o Tricolor liderou a competição e ainda hoje, depois de 28 partidas, está a apenas quatro pontos do Palmeiras, líder que o derrotou no Morumbi depois de 16 anos. Mas a pontuação não mostra um ponto que é fundamental, o time parece ter batido no teto.

Com elenco limitado, o Tricolor é apenas o nono colocado se somadas as últimas dez rodadas do campeonato. Se o extrato for dos últimos cinco jogos, o São Paulo é o 13°, com resultados inferiores ao de três dos times que brigam contra o rebaixamento, Ceará, Chapecoense e Vasco. Não se pode acusar o elenco de apatia. Os jogadores, como se diz no futebol, têm deixado tudo em campo. Mas existe um limite, ou o tal do teto citado linhas acima.

É difícil imaginar que a equipe comandada por Diego Aguirre possa ir além do que já fez – especialmente logo depois da pausa da Copa do Mundo -, ou sequer que possa pelo menos jogar novamente naquele nível. A defesa, antes ponto forte do time, tem falhado e o time dá a impressão de que desistiu do título – bem entendido: não por vontade própria, mas porque não é mais capaz.

Desnecessário dizer que o futebol é pródigo em surpresas e amanhã uma boa sequência pode levar de volta a confiança ao Morumbi e resgatar o sonho do título. Mas com elenco que dá poucas opções e cheio de veteranos, aparentemente a briga do São Paulo será para garantir uma vaga direta na fase de grupos da Libertadores.

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