O técnico Diego Aguirre admitiu que o São Paulo não teve uma boa atuação na derrota por 2 a 0 para o Palmeiras, no Morumbi, e afirmou que a equipe se abalou com o primeiro gol do rival – o segundo saiu quatro minutos depois.

Chamado de burro por parte da torcida após a partida, Diego Aguirre declarou que a culpa pela queda de rendimento do São Paulo é de todos, mas manteve a esperança:

– Ainda temos muitos jogos pela frente e não vamos desistir de tentar fazer a maior quantidade de pontos para ver o que acontece. Não foi um bom jogo. Nós tomamos um gol de bola parada que condicionou a ideia. A estratégia que tínhamos para o jogo era de segurar e tentar na segunda parte, com as mudanças, encontrar as situações ofensivas. Mas esse gol mudou tudo. Assim como eu falo quando o time ganha, é um trabalho que é compartilhado por todos, não é mérito de um ou dos jogadores. Estamos todos na mesma. É verdade que não fizemos um bom jogo e era uma decisão, isso é verdade. Mas temos que assumir esse momento e reverter rapidamente, estamos todos doídos, entendo que a torcida esteja um pouco brava, todos esperávamos outra coisa hoje – comentou.

Com a derrota, o São Paulo viu o Palmeiras abrir quatro pontos de vantagem na liderança do Campeonato Brasileiro. O Tricolor caiu para o quarto lugar, mas pode terminar a rodada em quinto se o Grêmio vencer o Bahia, em partida que ocorre às 21h deste sábado, em Porto Alegre.

– Temos que renovar os sonhos e nos preparar para vencer o próximo jogo, ver o que vai acontecendo… Obviamente, como treinador sou responsável pelas coisas que acontecem, faz parte. Temos que continuar trabalhando.

A próxima partida do Tricolor será contra o Internacional, que atualmente é o segundo colocado.

Aguirre disse não saber por que o São Paulo não consegue evoluir mesmo tendo tempo para treinar:

– Também fico um pouco surpreso, todos esperavam outra produção. Mas não tem uma só razão, são coisas que estão acontecendo. Estamos em um momento de resultados que não são os que nós esperávamos. Temos que rapidamente voltar a treinar e depois olhar para o próximo jogo, que é importantíssimo, em Porto Alegre, com o Inter. É tentar ganhar, isso é imediato.

Estratégia no Choque-Rei

– No começo, a ideia era pressionar e tentar… Isso não aconteceu, foi um jogo travado, que não tivemos a bola praticamente em nenhum momento. Nós e eles. Mudou tudo quando tomamos o primeiro gol. O time sentiu, ficou no desespero, rapidamente veio o segundo, foi um momento que o time sentiu. Ficamos um pouco desconcertados. Sobre o Everton, obviamente, gostaria que ele estivesse bem, em seu nível, claramente ele é titular do time. Mas estava sem jogar faz tempo, voltou há três dias e não podia jogar 90 minutos. Havia risco de lesão, deixamos a entrada dele para o segundo tempo. Sabíamos a fortaleza do rival. Mas mudou a ideia nossa que era de o jogo avançar e ir fazendo as trocas para que o time fosse mais ofensivo ou encontrasse mais situações de gol. Mas com os dois gols ficou muito difícil.

Erros individuais ou coletivos?

– Nós tomamos dois gols de bola parada, coisa que não pode acontecer, e não tivemos situação para marcar a diferença. Não fizemos um bom jogo. Sobre rendimentos individuais e coletivo, uma coisa vai com a outra. O individual não está bem e isso repercute no time. Também mudanças que tivemos que fazer, estava bem e a verdade é que não estamos encontrando o futebol que esse time pode fazer e já mostrou. Espero que possamos voltar a jogar um bom futebol e ganhar os próximos jogos. Sei que foi uma derrota dura, mas não acabou. O time mostrou rebeldia em situações difíceis. Vamos tentar que essas coisas voltem e que o time mantenha o nível que possa ter. É óbvio que estamos chateados e tristes, mas a única coisa que podemos fazer é trabalhar.

Saída de Nenê

– Não vou falar de individualidades, porque seria culpar um ou outro jogador. Estamos juntos, é um problema interno que tentaremos resolver.

GE