A rescisão do contrato de Régis com o São Paulo, anunciada nesta quarta-feira, foi causada por sua dependência química. A decisão foi tomada depois de ele faltar a um treino na semana passada. A diretoria ficou convencida de que o motivo da ausência do lateral-direito, de 29 anos, foi outra recaída.

Em junho, o São Paulo chegou a suspender o contrato depois de descobrir que Régis. Após cerca de um mês e meio, ele voltou a treinar com os companheiros no CT da Barra Funda. Como nunca apresentou atos de indisciplina e tinha excelente relação com o restante do elenco, Régis ganhou uma nova chance com o aviso de que não poderia dar outra mancada. Todos os demais jogadores sabiam de sua dependência e resolveram ajudá-lo.

Porém, a situação causava prejuízos no dia a dia de treinos, como na semana passada. O Tricolor só teve a confirmação de que Régis poderia enfrentar o América-MG na sexta-feira, véspera da partida. Com Bruno Peres machucado, Diego Aguirre treinou com Rodrigo Caio na lateral direita durante toda a semana. O zagueiro saiu como titular e Régis só entrou a 30 minutos do fim.

No Morumbi, existe a convicção de que o atleta poderia ter alcançado uma carreira de bastante sucesso não fosse a dependência química. “Ele tem uma condição física excelente e muito recurso como lateral. Corta para os dois lados, chuta bem… é uma grande pena”, avalia uma fonte ouvida pelo Blog.

Contratado depois do Paulistão, quando vestiu a camisa do São Bento, Régis encerra sua passagem pelo Tricolor com 15 jogos pelo time profissional – ele ainda fez dois pelo sub-23, no Campeonato Brasileiro de Aspirantes.

Jorge Nicola