A queda de rendimento do São Paulo nos últimos jogos, permitindo a reaproximação de rivais que andavam adormecidos, põe a liderança do Campeonato Brasileiro em xeque. O clube reconhece o momento de baixa, mas tenta valorizar o que foi construído até aqui e lamenta a convivência com desfalques importantes. Principalmente no ataque. Só que, internamente, uma solução tem se apresentado sem ainda ter sido levada em consideração por Diego Aguirre: o garoto Brenner.
No primeiro semestre, depois de ser titular com Dorival Júnior e não conseguir o mesmo espaço com o uruguaio, o jogador foi mandado pela comissão técnica para o sub-20. A ideia era dar mais ritmo de jogo, evitando que ele desanimasse com a falta de chances no profissional. O jovem de 18 não reagiu bem, principalmente pela forma como o caso foi conduzido, mas não precisou descer para a base porque acabou incluído na programação da seleção brasileira antes da Copa do Mundo na Rússia.
Os elogios da comissão técnica de Tite motivaram o atacante, que voltou crente de que teria novas oportunidades. A primeira veio por apenas cinco minutos diante do Grêmio, com a equipe já perdendo por 2 a 1 em Porto Alegre. Depois, pela Copa Sul-Americana, também entrou nos minutos finais e ainda conseguiu ser expulso. Ele mesmo admite o vacilo. E o espaço mais uma vez foi reduzido.
Novamente, o departamento de futebol pensou em dar ritmo em jogos da base. Desta vez, Brenner e outros garotos foram procurados para entender o planejamento e aceitaram defender o sub-23, que disputa o Brasileirão de Aspirantes. A atitude de atletas mais velhos, como Régis e Morato, que usaram os aspirantes para melhorar o desempenho, ajudou a convencê-los.
Até o momento, Brenner disputou duas partidas pelo Tricolor no torneio: vitórias sobre Atlético-PR, com um gol marcado, e América-MG, com dois tentos e uma grande atuação. O duelo com o Coelho aconteceu na última terça-feira, no Morumbi. Mesmo local onde, três dias antes, o time profissional foi previsível e mal ofensivamente no empate por 1 a 1 com o próprio clube mineiro.
O desempenho ruim foi reconhecido por todos, que evitaram desculpas e se revoltaram com o tropeço. Ainda assim, houve lamentação sobre as ausências de Everton e Joao Rojas. A diretoria entende que os dois não têm substitutos à altura, mas respeita a redução de elenco proposta por Aguirre, que gosta de atletas versáteis, e também lembra que Everton Felipe, recém-contratado do Sport, ainda não rendeu o esperado.
Mas, dentro dessa ideia de um plantel curto, falava-se em dar espaço aos garotos da base. E Brenner aparecia como um candidato natural, pelo menos para entrar em minutos finais, quando a equipe está tentando sufocar o adversário. Para esses casos, Aguirre tem optado por Gonzalo Carneiro. O uruguaio já fez oito partidas pelo São Paulo e deu apenas três finalizações certas. Enquanto isso, Brenner soma 16 jogos e dois gols na temporada.
Um argumento para defender que Brenner não entra como substituto direto de Everton ou Rojas foi a queda de rendimento do jovem quando foi escalado como ponta por Dorival Júnior. O atacante não é driblador, mas sim um atleta de bom posicionamento na área e, acima de tudo, ótima finalização. Ou seja, precisa estar mais perto do gol do que fica um ponta, sempre atento à recomposição defensiva. Outro ponto contrário a Brenner pode passar pela juventude ou uma certa falta de experiência.
Curiosamente, Carneiro também padece de problemas semelhantes. No quesito maturidade, por exemplo, é cinco anos mais velho do que Brenner, mas ainda tem 23 e só foi titular absoluto em 2017 pelo Defensor, de Montevidéu. Além disso, ficou nove meses sem atuar devido a problemas no púbis. Já sobre posicionamento, começou a carreira como um meia-atacante, em função semelhante à de Nenê no São Paulo, depois passou a ser centroavante e, com Aguirre, já treinou e entrou como ponta.
m atributo que poderia colocar Carneiro à frente de Brenner é a altura: 1,94 metros, contra 1,75 metros. Só que mapas de calor do Footstats mostram que o uruguaio, mesmo quando entra nos minutos finais, quando o time parte para o abafa e insiste em cruzamentos, dificilmente entra na área.
Base tem pontas “esquecidos”
A diretoria aponta Everton Felipe como a contratação para servir de reposição a Everton ou Rojas. E admite que o reforço ainda está em fase de adaptação. Só que o elenco já teve mais peças para a função de ponta. Caíque, por exemplo, joga pela esquerda como Everton e tinha bom histórico de gols e assistências na base. Mas só foi usado oito vezes no ano e agora tende a voltar a ser lateral, para tentar encontrar mais espaço.
Paulinho Boia chegou a liderar a preferência de Aguirre antes da Copa do Mundo, quando até Araruna era escalado como ponta. Só que no início deste mês foi emprestado ao Portimonense, de Portugal. O mesmo clube levou Lucas Fernandes por empréstimo, outro que atuou aberto eventualmente. Há ainda os casos de Helinho e Toró, que foram chamados para treinar algumas vezes entre os profissionais, tiveram os contratos renovados, mas não tiveram a chance de jogar. Apenas o primeiro chegou a ser relacionado para uma partida, contra o Paraná Clube, na rodada de abertura do Brasileirão.
UOL
Brenner na área seria uma ótima.
Brenner não tem corpo para jogar na área como centroavante….deveria rever sua posição no profissional e jogar como ponta ou segundo atacante!
Boa noite irmão.
Eu gosto do Aguirre e acho uma boa a renovação.
Mas concordo com vc quanto as improvisações:
Reinaldo não foi bem nessas improvisadas.
Liziero, Trellez também não.
Porque não tentar
Everton Felipe ( tenho gostado dos seus jogos, está tido mas vejo qualidade)
Brenner
Antony
Helinho
quem tem qulidade mas nao esta rendendo muito principalmente nos finais de jogo eh o Nene. Poderia tentar o Brenner mais enfiado na area e o Diego na posicao do Nene.
Problema é simples, Aguirre tem sido muito conservador, inclusive à ponto de se mostrar um treinador que tem mais medo de perder, que vontade de ganhar, precisa ter mais gana, mais ousadia, inclusive diante da falta de opções, usar garotos da base, ao invés de fazer improvisações, outro caso que demonstra esse conservadorismo exacerbado do Uruguaio, não usa garotos da base que possam suprir ausências, por medo de ser exposto em eventual fracasso como um treinador que usou jogadores inexperientes em um momento agudo, ou seja, é “melhor” perder sendo conservador, do que ousar pra tentar ganhar .
Depende muito do time adversário e o tipo de jogo pro Brenner ser atacante de área. Uma coisa é defesa de time de base, outra é defesa de time profissional.
Centroavante hoje tem q saber jogar sem a bola gabriel Jesus e também muito franzino porém fazia gols já Brenner de ponta não dá msm acho q a melhor coisa foi ele ir para o sub 23