No dia 27/05, o SP enfrentava o América-MG no Independência. Estávamos na 7º colocação do Brasileiro, tendo vencido o Santos na rodada anterior após 4 empates seguidos, além da sofrida classificação contra o fraco Rosário na Copa Sul-Americana.  O trio Nene, Diego Souza e Everton fazia o quinto jogo junto e dava sinal que iria dar certo e deu.
                Daí em diante melhoramos o nível das atuações, subimos na tabela, quebramos um tabu incômodo ao vencer o Atlético-PR na Arena da Baixada, ganhamos do então líder Flamengo e do Cruzeiro fora de casa, demos um chocolate no Corinthians, assumimos a liderança no começo de agosto contra o Vasco, fomos eliminados nos pênaltis contra o Colón na competição continental, deixamos de vencer o lanterna Paraná, tivemos garra ao conseguir empatar com o Fluminense com um a menos, fomos prejudicados na derrota contra o Galo, perdemos a liderança para o Inter no saldo de gol e retomamos o 1º lugar na última rodada.
                No próximo sábado enfrentaremos novamente o América-MG, dessa vez no Morumbi. O time mineiro vem fazendo uma campanha digna e tem boas chances de se manter na série A. Pra esse jogo teremos o retorno de Régis e possivelmente Bruno Peres e os desfalques de Rojas e provavelmente Everton. É preocupante não poder contar com os dois atacantes de lado do campo, pois os  reservas não conseguem dar conta do recado e Aguirre tem colocado os laterais na linha de ofensiva, vide Reinaldo contra o Corinthians, Bruno Peres no 2º tempo contra o Ceará e Régis contra o Fluminense.
                 Do ponto de vista matemático a situação é ótima, mas o rendimento caiu, houve perda de intensidade do meio pra frente e nem o fato de ter o quarteto ofensivo contra o Santos melhorou a situação. Quando o brasileiro começou, achava que o SP brigaria por uma vaga na Libertadores. A contratação de Everton, o acerto no posicionamento do time, com marcação forte e contra-ataque letal, a  recuperação física de Anderson Martins, a volta por cima de Hudson e Reinaldo, a conversa olho no olho com Diego Souza, a melhora no preparo físico, na gestão de pessoas por parte de Raí com auxílio de \Ricardo Rocha e Lugano e a competência de Diego Aguirre nos fizeram e nos fazem acreditar no título.
                 Temos alguns problemas, como a falta de confiança no fraco Sidão e ausência de acontece força nos bastidores, que nos fizeram perder pontos importantes no campeonato. O que vem ocorrendo no campeonato acontece sempre. Times de cima perdem pontos para os times mais fracos, vitórias e derrotas injustas, desfalques importantes. Temos um elenco com menos quantidade e qualidade (no ataque) que os principais concorrentes ao título e mesmo assim estamos na liderança.
                  Tenho 35 anos e fui acostumado a ver o SP ganhando títulos e dando espetáculo. Durante muito tempo fui um torcedor corneteiro, depois pessimista, arrogante, conformado, inconformado e hoje me considero um torcedor realista. Ano passado, fiz pesadas críticas aos rumos que o SP andava tomando. Hoje, mesmo com as dificuldades ainda existentes, vejo que há uma perspectiva e isso se reflete no campo e na arquibancada. Não é possível cravar que seremos campeões, mas é possível afirmar que lutaremos até  ofim por cada ponto, cada vitória. Como diz o nosso treinador é xogo a xogo.
                   Avante, Clube da fé!
                    Rafael de Albuquerque
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