O São Paulo já deu os sinais claros de que foi à Vila em busca do que alcançou ao fim: um empatezinho maneiro que o mantivesse no distinto lugar de líder por pontos ganhos do Brasileirão, à espera de um improvável, mas possível, tropeço do Inter em Chapecó, nesta segunda-feira.

Sim, porque, de cara, saiu com três zagueiros típicos e mais dois volantes guardando a entrada de sua área. E, não apenas manteve esse conceito como ainda o reforçou quando perdeu Everton, machucado, e colocou em campo mais um volante – Liziero. – no finzinho do primeiro tempo.

Isso, claro, permitiu ao Santos dominar a partida e criar uma ou outra chance de gol, já que lhe faltava o de sempre – aquele meia capaz de descobrir espaços onde só há congestionamento.

Assim, a grande e única clara oportunidade de gol em toda a partida foi proporcionada por aquela bola roubada por Rodrigo dos pés inábeis de Arboleda em que o menino da Vila, em alta velocidade, chegou cara a cara com Sidão, concluindo, porém, pra fora.

Resultado: 0 a 0, entre muitas faltas e reclamações de lado a lado, sobretudo quando o juiz resolveu encerrar o jogo justamente quando o Santos partia para um contragolpe na sequência de falta cobrada pelo São Paulo na barreira.

Isso, além daquele lance discutível na área tricolor, quando a bola tocou no braço de Rojas, em disputa de corpo com Dodô. Na minha visão, Rojas é quem busca o contato de ombro com Dodô, portanto, não houve a falta do santista que o juiz marcou e sim o toque, que poderia ser interpretado como ocasional, não intencional. Ou não.

Dessa forma, fica o dito pelo não dito nesse debate em torno de uma bola feito de ideias medíocres com forte viés de autoritarismo, argumento capaz de empolgar as massas incautas. Isso lembra o amigo de algo que ocorre longe dos gramados da bola? Pois, é.

GE