Amigos Tricolores.

Criticar o nosso goleiro Sidão é “chover no molhado”. Sem dúvidas, assim como era Denis, Sidão não tem a menor condição de ser titular de um time que já teve Zetti, Sergio Valentim, Gilmar, José Poy, Rogério Ceni entre outros grandes goleiros. Pode ser um cara de grupo, amigo dos jogadores e bom caráter, isso, eu nem coloco em discussão, pois não o conheço pessoalmente, entretanto, na minha visão ele não tem talento para jogar no São Paulo FC. E isso me preocupa.

Jean solução?

No começo do ano, eu não gostei de ver o São Paulo pagando 10 milhões de reais em um jovem goleiro do Bahia. Eu pouco acompanhava os jogos do time baiano para ter uma opinião formada sobre o goleiro, mas na minha visão, 10 milhões por um goleiro é muito dinheiro.

O São Paulo tem pessoas capacitadas como Raí, Ricardo Rocha, Carlos entre outros da comissão técnica para avaliar o potencial de um jogador, infinitas vezes melhor que eu. Resolvi acreditar e confiar, na avaliação deles, entendendo que precisávamos de outro goleiro. Urgente!

Nas poucas vezes que Jean entrou em campo, não acrescentou muito, não deu a confiança necessária e teve mais repercussão suas brigas pelas Redes Sociais com Sidão do que por suas defesas. Para mim, goleiro tem que brigar – no bom sentido – nos treinos para ser o titular e não pelas Redes Sociais.

Jean ainda não teve uma sequencia de jogos para provar que ele merece ser titular do São Paulo, mas a pergunta que fica é “no treinos ele mostra que está melhor que Sidão?”. Não acho que Sidão seja protegido de Aguirre e por isso é titular, mas talvez, nos treinos ele esteja com performance superior a Jean. Treino decide quem entra em campo. Aguirre parece ser muito sério e coerente para proteger qualquer jogador.

Perri é a solução?

Pelo pouco que vi do jovem Lucas Perri na base, ele tem um enorme potencial. Alguns torcedores, que tem acesso ao CT postam nas suas Redes Sociais defesas do goleiro, mas há de se pensar que durante 6 ou 7 horas de treino, Perri, Jean e Sidão farão defesas e tomaram gols. Não podemos analisar e pedir Perri no gol do São Paulo por causa de um vídeo. É preciso analisar sua sequencia nos treinos e sem dúvida colocar ele para jogar, aliás, analisar o seu momento, sua cabeça, sua confiança para assumir o gol de um time que até outro dia tinha o maior ídolo da história como titular.

Jogador tem que jogar!

“Jogador é jovem e pode ser queimado”.

Quantas vezes se ouve isso por dia? Essa frase pode até ter sua razão, mas nem sempre ela é uma verdade. Lucas Moura, estourou no São Paulo muito jovem, precocemente, foi embora, não vingou em Paris e está estourando na Inglaterra, mais maduro e experiente. David Neres, começou bem no São Paulo, também, de forma precoce foi embora e se adaptou rapidamente a Holanda, onde é destaque do Ajax. Militão foi outro, entrou no São Paulo cedo, com grande personalidade e deu conta do recado, com personalidade, já Luiz Araujo sumiu na França. A idade pode pesar para uns, mas para outros não, entretanto, não é apenas nos treinos que é possível avaliar isso. É preciso colocar o jogador em campo.

Chance ao Perri

Por tudo o que leio e vejo dele nos treinos, na minha opinião, Perri poderia já ter oportunidades. O São Paulo fará jogos com times na ponta de baixo da tabela como América, Vitória, Sport e esses seriam jogos para colocar Perri e testar, ver como ele se comporta em campo, se vai ficar nervoso, se vai cometer erros primários ou se vai assumir a responsabilidade, vestir a camisa, fechar o gol para nunca mais sair.

O campo da hipótese é vasto, por isso, é preciso colocar em campo o goleiro e ver como ele vai se comportar. Ele pode ir bem, pode ir mal. Faz parte do jogo. Pode ir mal e ser mais treinado e no ano que vem, se superar, pode ir bem e no ano que vem, cair de produção. Tudo isso é a “regra do jogo” mas reforço, não é no banco de reservas que ele poderá ser avaliado.

Pode ser que, indo mal, ele acabe sendo esquecido, emprestado, vendido, mas de fato, isso não há como saber agora. Perri precisa que ser testado, mesmo porque, os que estão a sua frente, não estão passando a confiança necessária para o time e torcida.

Todo o grande time começa por um grande goleiro.

E o São Paulo, que sempre teve tradição nessa posição, precisa resgatar para voltar a disputar títulos, algo que hoje, disputamos o Brasileiro, mas sem um goleiro de ponta, como acostumamos ver Zetti e Rogério Ceni, apenas para citar os últimos 30 anos de história do São Paulo FC.

*Felipe Morais. Publicitário, apaixonado pelo São Paulo Futebol Clube. Sócio da FM Planejamento, Palestrante sobre marketing digital, comportamento de consumo e inovação. Autor dos livros Planejamento Estratégico Digital (Ed. Saraiva) e Ao Mestre com carinho, o São Paulo FC da era Telê (Ed Inova) – www.livrotele.com.br – facebook.com/plannerfelipe e @plannerfelipe