O São Paulo precisou lutar muito para vencer o Bahia por 1 a 0, no último sábado, no Morumbi, e dormir na liderança do Campeonato Brasileiro. E esse sufoco todo tem sido frequente nas últimas partidas.

Apesar de seguir forte na briga pelo título, o São Paulo vai precisar de um aproveitamento melhor de seu ataque na reta final para superar os principais concorrentes Internacional, Flamengo e Palmeiras.

Depois de vencer a Chapecoense por 2 a 0, o Tricolor não fez mais do que um gol por jogo. São apenas quatro marcados em cinco partidas. Veja os números abaixo:

  • Paraná: 1 a 1
  • Ceará: 1 a 0
  • Fluminense: 1 a 1
  • Atlético-MG: 0 a 1
  • Bahia: 1 a 0

Mas o que acontece?

O problema do setor está dividido entre construir e concluir as jogadas. Contra o Atlético-MG, fora de casa, o time finalizou 14 vezes contra o gol de Victor, sendo seis chances reais de gol, de acordo com números do scout da TV Globo. Diante do Ceará, 20 chutes e cinco oportunidades claras.

Já frente ao Bahia, a dificuldade foi a criação (11 finalizações e duas chances). O São Paulo não conseguiu furar a forte marcação montada por Enderson Moreira, com duas linhas de jogadores bem próximas, e precisou recorrer aos cruzamentos. Foram nada menos do que 26.

O time ficou “manjado”? E o banco?

Enderson, aliás, entendeu bem como o São Paulo joga, travando Rojas e Everton Felipe pelos lados, diminuindo a participação de Nenê e Diego Souza. E isso passa a ser uma tendência. É natural que um candidato ao título seja estudado detalhadamente. Cabe a Aguirre encontrar alternativas em um elenco sem grandes opções.

O técnico acertou na etapa final ao colocar Tréllez no lugar de Everton Felipe. Com o colombiano aberto pela esquerda e tendo liberdade para se aproximar de Diego Souza na área, o time cresceu e chegou ao gol da suada vitória em casa.

O crescimento de Tréllez (fez o gol de empate contra o Fluminense) dá ao treinador um respiro. O colombiano se firma como a primeira opção em um banco de reservas sem muita concorrência – Shaylon, Brenner e Caíque eram as outras opções contra o Bahia.

Curiosamente, o São Paulo ainda é segundo time que mais fez gols no Brasileirão. São 36 após 24 partidas, dois abaixo do Atlético-MG. O momento, porém, preocupa Aguirre.

– Gostaria de ter um jogo mais tranquilo e fazer mais gols. Mas, lamentavelmente, não estamos podendo fazer mais gols e ter essa tranquilidade. Trabalhamos muito nisso, falamos que temos de aproveitar mais as situações. No último jogo contra o Atlético-MG tivemos muitas finalizações e não fizemos os gols. Temos de continuar trabalhando e melhorar – afirmou o técnico.

Everton deve voltar

A solução pode ser o retorno de Everton ao time. Decisivo, o meia-atacante sofreu uma lesão muscular na coxa esquerda contra o Ceará e perdeu os últimos três jogos. E fez muita falta. A tendência é de que ele retorne contra o Santos, domingo que vem, na Vila Belmiro.

GE