Apesar de ter o contragolpe como uma de suas principais armas, o São Paulo trabalhou para encontrar outras maneiras de superar os adversários. Líder do Campeonato Brasileiro, o Tricolor passou a ver os adversários atuarem mais na retranca nas últimas rodadas. Principalmente nas partidas no Morumbi, os rivais abdicaram de ficar com a posse de bola e tentaram explorar apenas os contra-ataques para surpreender o time de Diego Aguirre.

“A gente sabe que quem vem jogar no Morumbi usa uma formação mais defensiva, e nós precisamos ter paciência, manter o padrão de jogo, de organização e a intensidade que o Aguirre pede, porque o gol pode sair tanto no primeiro minuto quanto aos 90. Por isso, o importante é estar concentrado o tempo todo para fazer uma boa partida e buscar os gols”, disse o zagueiro Bruno Alves.

“Dentro da nossa casa, ninguém é maluco de chegar e querer atacar o São Paulo. O que a gente tem feito dá receio nos adversários. Vamos encontrar equipes bem fechadas e temos que estar preparados para isso”, completou Diego Souza.

Tal postura dos adversários pode ser comprovada até mesmo pela posse de bola. No primeiro turno do Brasileiro, o Tricolor fechou com média de 47,6% de posse nas partidas. Já na abertura do returno, contra o Paraná, fora de casa, o time ficou com 55% do tempo a bola. Já na vitória sobre o Ceará, o domínio subiu para 60%.

“A gente precisa se expor, deixar alguns espaços que são normais. É manter a humildade e os pés no chão para encarar cada jogo como uma decisão”, afirmou Bruno Alves.

Disputa interna

Outra característica o trabalho de Aguirre é oportunidade que ele dá aos jogadores para mostrar serviço. Na zaga, por exemplo, a disputa por posição é acirrada entre Anderson Martins, Arboleda, Rodrigo Caio e Bruno Alves.

“O Aguirre já deixou bem claro que tem jogo que ele vai usar um, e em outros vai mudar os jogadores. Essa maturidade do nosso time que vem nos fortalecendo. Eu não me canso de falar que no nosso time não tem vaidade, pelo contrário, a amizade é muito grande. A gente leva essa amizade para dentro de campo, e quem fica fora torce para quem vai jogar. Isso reflete no sucesso de todos dentro de campo”, destacou Bruno Alves.