Bastou o SP empatar contra o Paraná e parte da torcida começou a tratar o resultado como o fim do mundo. O resultado foi ruim e mais do que isso, a atuação foi fraca. Rojas e Everton foram abaixo do que podem render e Liziero entrou mal na partida.
                  É evidente que não é bom ficar apenas 1 ponto na frente do 2º colocado, mas convém lembrar que empatamos com Bahia e Ceará e fomos a melhor equipe do 1º turno. Além disso, não jogamos um bom futebol contra o Paraná, Vasco, Chapecoense e mesmo assim ganhamos.
                  Em 2006, o SP empatou contra o rebaixado Fortaleza no Morumbi, no fim de agosto, quando disputava a liderança ponto a ponto com o Inter e fomos campeões. No ano seguinte, perdemos nos Aflitos contra o fraco Náutico e fomos bicampeões. Na conquista do tricampeonato, empatamos contra o péssimo Ipatinga. Futebol não é uma ciência exata e o Campeonato Brasileiro não é o Campeonato Espanhol, onde Barcelona e Real Madrid enfrentam o último colocado e ganham de goleada o jogo de ida e o da volta.
                    Outro aspecto relevante é que temos menos opções de qualidade no elenco se comparado a Flamengo, Grêmio, Cruzeiro e Palmeiras, sobretudo na parte ofensiva. O jogador mais utilizado vindo do banco é o contestado Trellez. O resto são os jovensde Cotia ou jovens contratados como apostas, como Everton Felipe e Carneiro.
                      Para o jogo de domingo, Hudson é dúvida e seu substituto imediato está suspenso (Liziero). As opções são Luan, que tem características parecidas com Jucilei e Araruna, jogador versátil, mas regular tecnicamente. Outra preocupação é a quantidade e a importância dos jogadores pendurados com 2 amarelos: Nene, Jucilei, Everton e Reinaldo.
                       O lado positivo é que depois de anos, o Departamento Médico está vazio. Isso se deve ao fato da comissão técnica ter optado por não entrar com força máxima contra Colón e Chapecoense. Aguirre correu riscos calculados e necessários e por muito pouco não saímos classificados da Argentina. Como estamos apenas em uma competição, teremos mais semanas livres, sem jogos no meio da semana. Será possível recuperar o preparo físico e testar variações de jogo.
                      Sou um dos maiores defensores do trabalho de Aguirre, já tive textos publicados nesse blog em que o elogio. Ele assumiu o time na metade de março, não teve pré-temporada, nos primeiros jogos só confrontos mata-mata, time  sem padrão de jogo, sem preparo físico. Pouco a pouco, ele deu uma cara ao time e hoje temos uma equipe intensa, com alma,
que se recusa a perder.
                       E 2016 e em 2017, atravessei a zona sul pra ir ao Morumbi. Enfrentei o frio, a chuva e o sol pra não deixar o time cair. Não será um tropeço que me fará deixar de acreditar nesse time, por isso irei atravessar a cidade e verei o jogo da arquibancada amarela.Tivemos anos difíceis, crescemos na adversidade, lotamos o Morumbi e não deixamos a time cair. Domingo é dia de lotar o Morumbi e apoiar o time do começo ao fim. Seremos a torcida que irá conduzir o time ao título.
                       Avante, Clube da Fé!
                        Rafael de Albuquerque
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