No último domingo, na vitória sobre o Vasco da Gama Éder Militão se despediu do São Paulo rumo ao Porto (POR). Na equipe de cima, o atleta realizou 57 partidas e marcou 4 gols. Destaque das categorias de base, o jovem foi integrado aos profissionais pelo então técnico Rogério Ceni no começo do Campeonato Brasileiro de 2017. Porém, foi com Dorival Júnior (não está mais no comando), que o garoto se consolidou na equipe titular. O agora ex-camisa 13, jogou em outras posições como zagueiro e volante, suas posições de origem. Mas foi na primeira linha de quatro jogando como lateral direito, que acertou seu lugar no time, para virar peça fundamental no grupo.

Após a chegada do técnico Diego Aguirre, o polivalente jogador teve papel tático fundamental. Com velocidade, boa marcação, bom posicionamento e técnico, qualidades necessárias para um ótimo futebolista. Deu mais segurança ao lado direito, ajudando os zagueiros a não ficarem expostos com os atacantes adversários. A sua versatilidade ajudou muito ao esquadrão. Dependendo das partidas, inclusive como visitante, o time variava de esquema. Uma parte do jogo, quando atacava, atuava com um 4-4-2. Outro momento do jogo, quando a posse de bola ficava com o adversário, o esquema variava ao 3-5-2. Atuava como um terceiro zagueiro jogando pela direita, priorizando a sustentação da defesa, característica primordial deste Tricolor atual. Além de ter uma boa estatura nas bolas aéreas, a sua saída de bola é muito eficiente.

Pelo menos até essa 17º rodada, o esportista foi fundamental para o Tricolor chegar pela primeira vez na liderança do Campeonato Brasileiro. A princípio, acredito que o time terá muitas dificuldades para se adaptar ao um novo estilo, sem o seu polivalente atleta.

Por Alan Ribeiro Gomes

Para repor a sua saída, a diretoria foi ao mercado e trouxe Bruno Peres por empréstimo que atuava na Roma-ITA. Peres vem como primeira opção com a finalidade de atuar em seu lugar. Já que Régis (contratado junto ao São Bento de Sorocaba), teve seu contrato ativado e não há previsão para a volta aos jogos. Uma outra solução seria o meia Felipe Araruna, jogador voluntarioso e com uma marcação efetiva. O rapaz mostrou personalidade e preparo para atuar na faixa de lado. Um exemplo foi o jogo contra o Cruzeiro no Mineirão.

No total o time português desembolsou 7 milhões de euros (30,6 milhões de reais), sendo que o clube do Morumbi recebe 4 milhões de euros (17,3 milhões de reais) e ficará com 10% caso ocorra uma venda futura. Os outros 3 milhões de euros (13,1 milhões de reais), serão destinados ao estafe de Éder. O esportista tinha vínculo até janeiro 2019. Com isso, Militão poderia assinar um pré-contrato com qualquer equipe. A diretoria fez três propostas de renovação para os seus representantes, mas tiveram negativas em todas as tentativas. Sendo assim, a melhor decisão para ambas as partes e principalmente para o clube, seria negociá-lo com o objetivo de ter uma compensação financeira.

O atleta como outras revelações brasileiras em potencial, é um dos cotados para integrar as próximas convocações do técnico Tite, visando os próximos amistosos e competições oficias preparatórias para a Copa do Mundo do Catar em 2022. Desejo sorte em sua nova etapa na carreira.

Alan Ribeiro Gomes