O técnico Diego Aguirre acredita que faltou foco ao São Paulo na derrota por 1 a 0 para o Colón, nesta quinta-feira, no Morumbi, pela primeira partida da segunda fase da Copa Sul-Americana. O resultado complica o Tricolor na competição. O segundo jogo está marcado para o dia 16 de agosto, em Santa Fe, na Argentina.

– Tem muitas coisas que posso pensar do jogo de hoje. Primeiro, que não entramos totalmente focados, 100% como vínhamos fazendo no Campeonato Brasileiro. Hoje, no futebol, se você não entra absolutamente ligado, pode acontecer isso, que não encontramos o jogo – afirmou.

O treinador também viu a equipe mais nervosa do que o normal. Brenner foi expulso no fim, e Diego Souza também poderia ter recebido cartão vermelho ao dar um chute em Ortiz no segundo tempo. O jogador tricolor alega que foi agredido anteriormente.

– Talvez, ficamos um pouco nervosos, e isso não pode acontecer. Nós vínhamos de uma sequência boa, mas eu sempre falo de respeitar todos os rivais. Acho que nos custou pensar em outra competição. Não falo isso como uma desculpa, e falei para os jogadores no intervalo, que nós poderíamos jogar mais, sabemos jogar melhor. Às vezes, acontece, os jogadores não são máquinas e muitos fatores emocionais fazem os jogos. Eu me senti orgulhoso pelas grandes vitórias, e temos que assumir que pode acontecer uma derrota. O que não pode acontecer é que essa derrota nos mude em alguma coisa. Temos de continuar sendo protagonistas no Brasileirão. Faz parte, temos, como time, que ter tranquilidade – disse Aguirre.

O treinador não concorda que o São Paulo tenha dificuldade para jogar com a obrigação de atacar. Ao contrário dos últimos jogos do Campeonato Brasileiro, quando teve menos posse de bola, o Tricolor nesta quinta-feira precisou sufocar o Colón, totalmente fechado na defesa, e sofreu.

– Sabemos aproveitar os espaços, fizemos bons jogos em casa, como contra o Corinthians, que propomos o jogo. São coisas que acontecem. Queríamos encaminhar a classificação, mas o que posso falar é que acabou o primeiro tempo perdendo por 1 a 0 e temos muito jogo pela frente.

Para avançar, ainda contando com o critério do gol fora de casa, o São Paulo precisa vencer marcando pelo menos duas vezes (2 a 1 ou 3 a 2, por exemplo). Se fizer 1 a 0, a decisão vai para os pênaltis. Os argentinos jogam pelo empate.

– É muito difícil, mas meu time me dá confiança. Temos muito jogo pela frente para ver o que acontece. Quem vai se classificar ainda não está decidido.

Alterações
– A respeito das trocas, tentamos buscar variações ofensivas contra um time fechado com cinco defensores, três volantes, mas não encontramos soluções, assim como os que começaram jogando não estiveram no alto nível que estamos acostumados.

Entrada de Jean no lugar de Sidão
– Foi também para dar um pouco de ritmo ao Jean. Ele precisa ter algum jogo para em caso de nós precisarmos, que não fique tanto tempo sem jogar. Acho que ele fez um bom jogo. É uma mudança que eu gosto às vezes de fazer para que os goleiros estejam preparados.

Segundo jogo em Santa Fe
– Vai ser outra história (na Argentina). Nós podemos fazer um jogo melhor, como já fizemos muitas vezes. Hoje jogamos contra um time fechado e não encontramos o caminho dos gols. Mas temos que acreditar nas coisas boas que estamos fazendo. Vamos ter, mais adiante, a segunda parte desta história para ver como acaba. Logicamente não estou feliz, esperava outro jogo, mas como tenho falado, os jogadores não são máquinas e podem descer um pouco o nível, perdendo um jogo. Temos que rapidamente nos recuperar, ganhar o próximo e continuar com esse ciclo bom que estamos tento. Uma derrota não muda a essência do time e todas as coisas boas que fazemos.

Time titular contra o Vasco
– Pensamos cada jogo como uma final. Domingo é um jogo que significa muito para nós por serem três pontos que temos que tentar manter em casa. Por isso teremos todos os jogadores à disposição, vamos com força máxima para fazer o melhor jogo possível.

GE