As boas atuações de Joao Rojas, equatoriano de 29 anos contratado do Talleres (ARG) em junho, fizeram com que a avaliação positiva de Diego Aguirre entre a cúpula são-paulina subisse mais alguns degraus. O futebol seguro da equipe pré-Copa do Mundo já havia dado a certeza à direção de que a contratação, em março, fora acertada. Mas a ”descoberta” Rojas elevou esse patamar e a preocupação em perdê-lo para a seleção uruguaia aumentou.

Rojas foi indicação de Aguirre, jogador que o técnico e sua equipe já monitoravam há algum tempo. Quem leu o currículo de Rojas quando contratado pode ter se assustado: quase 30 anos, um gol em 25 jogos pelo Talleres, e carreira longa no futebol mexicano, que é competitivo, tem dinheiro mas atrai muitas vezes jogadores de médio escalão ou em fim de carreira.

Mas Rojas não chegou para fazer gols, e esse foi um dos argumentos apresentado pelo técnico ao indicá-lo. Na partida deste domingo (29) contra o Cruzeiro, o primeiro gol é um exemplo claro da função que o meia-atacante vai exercer no São Paulo de Aguirre: bola lançada por Reinaldo na esquerda, toque rápido de Rojas que arrancou pela ponta para encontrar Diego Souza no meio da área. 1 a 0.

Aguirre montou um São Paulo seguro, que corre poucos riscos e sabe contra-atacar, por isso não é à toa que está sem segundo no Brasileiro. O contrato do treinador, porém, termina em dezembro, feito por apenas nove meses um pouco pelo trauma são-paulino com últimos trabalhos que tiveram altos e baixos — Rogério Ceni e Dorival Júnior.

E o nome de Aguirre, 52, aparece, no Uruguai, como candidato a ser técnico da seleção. Óscar Tabárez, que comanda a Celeste desde 2006 tem 71 anos e vê a saúde ficar debilitada. Após a Copa do Mundo da Rússia, seu contrato expirou e apesar de no país existir um movimento pela renovação, é provável que Tabárez fique em um cargo de consultor, e um treinador mais jovem assuma. Por isso o nome de Aguirre apareceu, e é isso que o São Paulo precisa neutralizar — há atá um acordo informal de que se Aguirre topasse o Uruguai só sairia ao fim de 2018.

No momento, segundo apurou o blog, a tendência do treinador é até rejeitar se aparecer um convite da AUF (Associação Uruguaia de Futebol) com a perspectiva de voos altos no Brasil, mas para isso precisa ter garantia de que terá um contrato mais longo no São Paulo.

UOL