Quando o clássico contra o Corinthians acabou no último sábado, com vitória do São Paulo por 3 a 1, Militão parou no meio do gramado do Morumbi e chamou alguns companheiros que estavam saindo para o vestiário. Eles retornaram devaagar. Dois encostaram no defensor para conversar e, de repente, o papo se transformou em festa. O camisa 13 levou tapas e foi jogado no chão, para levar mais chutes “carinhosos” e só então ser liberado para levantar. Enquanto isso , na arquibancada amarela, um coro de “fica, Militão!” se espalhou.
O técnico Diego Aguirre não viu a cena, mas chamou de “boato” a informação de que o Majestoso teria sido a despedida do jovem de 20 anos do Tricolor. Ele conta com Militão para o restante da temporada e reforça a ideia do departamento de futebol de que é melhor usá-lo até o fim do contrato, que se encerra em 11 de janeiro, do que vendê-lo e liberá-lo agora.
Mas para que esse desejo se concretize, a semana que começa nesta segunda-feira é decisiva. Dirigentes, comissão técnica e até jogadores querem convencer Militão de que será melhor ficar no São Paulo e brigar pelo título do Campeonato Brasileiro, saindo de graça no fim da temporada. Apenas um ponto separa a equipe do líder Flamengo, há otimismo para que a campanha continue em alta e o defensor é apontado como um dos pilares da equipe. Ao mesmo tempo, seusrepresentantes prometem as últimas cartadas para que a negociação com o Porto seja fechada imediatamente. Seu pai, Valdo Militão, foi quem falou ao jornal português A Bola que o filho daria adeus ao São Paulo já no clássico contra o Corinthians. O empresário Ulisses Jorge nunca escondeu o desejo de negociar o garoto, mas precisa convencer o Porto a pagar um valor fora da realidade para quem pode sair de graça em menos de seis meses.
Militão é o atleta que mais atuou na temporada, com 32 partidas. Além disso, soma dois gols e duas assistências em 2018. No total pelo profissional do Tricolor, para o qual foi promovido em abril de 2017, são 54 atuações, quatro gols e duas assistências.
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