O São Paulo recusou uma oferta do Porto de 4 milhões de euros (cerca de R$ 17,7 milhões) para liberar Éder Militão imediatamente do contrato válido até janeiro de 2019.

Embora saiba do desejo de Militão de sair agora para o clube europeu, o Tricolor tenta adiar a saída para usá-lo no Brasileirão e ao mesmo tempo melhorar as condições de uma eventual negociação. Uma possibilidade na mesa, por exemplo, é obter uma porcentagem de venda futura.

Independentemente disso, o São Paulo conta com Éder Militão para a partida desta quinta-feira, contra o Grêmio, às 19h30, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre. O lateral se reapresentou nesta segunda-feira e ficou no Reffis, de acordo com o Tricolor.

Militão tem sido leal aos companheiros e ao clube nas partidas, mas ao mesmo tempo é firme na demonstração do desejo de sair. Nem mesmo a campanha da equipe na disputa da liderança do Brasileirão muda sua vontade (o Tricolor tem um ponto a menos do que o Flamengo, primeiro colocado).

Enquanto o São Paulo barganha tempo e melhores condições, o Porto insiste na tentativa de liberação imediata, pois tem o primeiro jogo da temporada marcado para o dia 4 de agosto, a final da Supertaça Portuguesa contra o Desportivo Aves.

Pela lei da Fifa, Éder Militão tem condições de assinar um pré-contrato com outros clubes seis meses antes do término do vínculo (ou seja, desde o último dia 11 de julho), saindo gratuitamente ao final do acordo. Mas cabe ao São Paulo decidir se o libera agora (mediante compensação financeira) ou só ao fim do contrato.

Neste momento, o clube do Morumbi acredita no aproveitamento de Militão na próxima rodada, embora o jornal português “A Bola” tenha publicado uma entrevista do pai do atleta, Valdo, apontando o clássico com o Corinthians como a despedida do lateral. O futuro do jogador segue indefinido.

Nos bastidores o São Paulo vive uma espécie de dilema entre rendimento esportivo e lucro financeiro. O clube põe na balança o que vale mais:

  • Manter Éder Militão até o fim do contrato para aproveitá-lo esportivamente, mas possivelmente perdê-lo sem receber uma compensação financeira.
  • Vender Éder Militão agora para garantir algum retorno financeiro, mas perdê-lo para o restante da temporada.

O Tricolor tenta desde 2017 sem sucesso renovar o contrato de Éder Militão. Além dele, a outra opção para a lateral direita é Araruna (ele cumpriu suspensão contra o Corinthians e está liberado para encarar o Grêmio).

Na lateral direita, o São Paulo contratou Bruno Peres, em processo de condicionamento físico para ficar à disposição de Diego Aguirre. Régis voltou a treinar depois de ser afastado com problemas pessoais, mas também não tem condições de atuar imediatamente.

GE