De jogador a superintendente de relações institucionais. De um ano para outro, Diego Lugano deixou de lado a rotina de treinamentos para se tornar dirigente do ​São Paulo. E, apesar do pouco tempo, já se diz completamente adaptado à nova função.

Claro, existem diferenças. Há uma nova hierarquia, uma nova maneira de colocar em prática as suas opiniões. Só que, ao mesmo tempo, a experiência de líder de vestiário o ajuda. “Eu participo muito mais nas decisões que acontecem no clube. Obviamente eu não tenho a última palavra. Quem manda é o Raí, e quem autoriza é o presidente. Eles são os verdadeiros e principais responsáveis. Por sorte, me sinto respeitado, ouvido. Com certeza minha personalidade e equilíbrio fazem com que muitas pessoas confiem em mim”, disse ele, em entrevista ao ​Uol.

Para Lugano, a sensação de se sentir útil para a instituição é bastante gratificante. Feliz e com “projetos na cabeça”, também valoriza o fato de poder representar o Tricolor fora das quatro linhas. “Uma instituição tão grande como o São Paulo tem que estar sempre participando de diferentes eventos, tomar decisões onde se realiza o futebol. Tem que estar representado porque sempre você aprende, sabe o que está acontecendo. Obviamente que, quando quem representa a instituição é alguém conhecido, o acesso é mais fácil. Acho que para o São Paulo é importante, e era o que eu fazia como jogador. Então, me sinto muito confortável.

Em meio a essas novas atribuições, claro, ele não deixa de falar sobre futebol, afinal, partiu do uruguaio o aval para a contratação do técnico Diego Aguirre. Portanto, nada mais justo que aprove o estilo de atuar da equipe, embora seja sincero ao destacar que ainda há muito para crescer. “Sim, eu me sinto identificado, principalmente pelo equilíbrio tático e emocional. É o meu conceito de futebol. Meu time agora aprendeu a vender caro uma derrota, mas tem muito para evoluir. Não tem nada para ficar tão tranquilo assim.” Este, então, é o novo Diego Lugano. Agora, com presença atuante longe dos gramados.

UOL