Tendo passado nove anos nas categorias de base do São Paulo, o volante Luizão, um dos envolvidos na negociação do zagueiro Maicon, do Porto ao Tricolor, deseja voltar futuramente à equipe paulista para, enfim, ter uma chance nos profissionais. Quem garantiu isso foi o próprio jogador, em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva.

Demonstrando carinho pelo time que o revelou, o atleta de somente 20 anos, entretanto, não descartou vestir a camisa de algum outro clube em caso de uma possível volta ao futebol brasileiro.

“O São Paulo é minha casa, não joguei em nenhum outro clube. Ali foi onde me tornei atleta e homem. Tudo tem que ser conversado. Eu, sentando com a minha família e vendo o melhor para mim, não descartaria voltar ao Brasil e jogar em outro time”, afirmou, antes de completar.

“Entrei no São Paulo com 9 anos, sai com 18, 19. Eu estava bem focado lá, já tinha contrato profissional e treinado, mas não cheguei a jogar. Fiz meu trabalho na base e recebi a notícia de que tinha uma proposta do Porto, na negociação do Maicon. De início foi o Inácio para lá, e depois eu. Fiquei feliz pelo interesse de um clube enorme que é o Porto. Tomando a decisão sempre com os meus pais, a gente viu o que era melhor para mim. Mas tenho vontade de voltar ao São Paulo”, revelou.

Na equipe portuguesa desde 2017 e com contrato válido por cinco anos, Luizão enfatizou que se sente à vontade no clube europeu graças ao ambiente de trabalho, além de destacar o desejo de permanecer no Dragão pelas próximas temporadas.

“No Porto, cheguei há um ano e me senti à vontade pelos brasileiros lá. A delegação, dirigentes, treinador, todos os funcionários, me acolheram muito bem e me deixaram tranquilo. Me senti muito à vontade para fazer meu trabalho. Cheguei a atuar pela equipe principal, o que foi algo que me surpreendeu, pois vi que quero fazer história no Porto. Pela torcida e o clube em geral, pretendo ficar um bom tempo”, contou.

“É complicado o processo de adaptação, muito até pelo estilo de jogo do futebol português. Mas quando você recebe o apoio da torcida e do clube, fica melhor. A cidade é muito tranquila e os torcedores são fanáticos, não são de criticar, e sim daqueles que te colocam para cima”, completou.

Por fim, a cria de Cotia contou à Gazeta Esportiva que o clima de Copa do Mundo não afeta seu plano de carreira: o sonho de defender a Seleção existe, mas ainda está distante.

“Eu joguei nove anos na base do São Paulo, cheguei a pegar pré-lista na Seleção de base. Mas não penso lá na frente, quero me firmar na equipe principal do Porto e fazer história. Seleção é consequência. Mas comigo não é diferente, a gente sempre sonha em defender o seu país, com a família torcendo”, finalizou.

GE