Diego Aguirre mudou o São Paulo. Após uma sequência desgastante de decisões, o técnico teve tempo e treinos para colocar seus métodos em prática e fazer do Tricolor o único invicto no Brasileirão em 8 jogos – já são 11 partidas sem perder. Líder do campeonato, o São Paulo passou por uma mudança drástica. De comportamento e de ideia de jogo.
A grande mudança no São Paulo é a intensidade. Aguirre é um técnico que preza por um jogo menos pensado e mais vertical. É o oposto de Dorival, que é adepto das ideias de jogo posicional de Guardiola – primeiro se ocupa o espaço, depois vem os passes, a mobilidade e a finalização. Com Aguirre, é costume vez zagueiros e volantes buscando chegar mais à frente ou buscando um passe mais vertical. A metodologia de treino usada pelo uruguaio busca imprimir esse estilo ao time: treinos curtos, rápidos, que estimulam essa ideia.
Pressão intensa no adversário
O São Paulo de Aguirre tem um comportamento mais ligado na parte defensiva. Partindo de um 4-2-3-1 com Nenê e Diego Souza centralizados, a equipe se defende com duas linhas de quatro e procura encurtar bem o espaço do adversário. Perceba na imagem como os jogadores circulados em amarelo se colocam de frente para onde a bola está. Assim, eles conseguem ver a jogada e diminuem o tempo de fechar o espaço, pois estão de frente, não precisam virar e correr. É só chegar pressionando, como Nenê faz no adversário.
Encaixes curtos na defesa
Uma herança que Dorival deixou ao São Paulo foi a linha de defesa, muito inteligente ao ocupar a área. Aguirre manteve o tipo de marcação por zona, mas lida com o adversário de um jeito diferente. Usa de encaixes, muito rápidos e curtos, no setor. Se a bola cai na “área de influência” de um jogador, ele deixa automaticamente esse alinhamento e vai encurtar o espaço do jogador com a bola. Com isso, a bola chega menos na área de Sidão e o adversário tem dificuldades para criar.
Contra-ataque mortal
É a jogada forte do time, mesmo no Morumbi. Depois da pressão descrita acima, o São Paulo consegue recuperar a bola e sai em grande velocidade pela frente. Aproveita os espaços deixados com muita rapidez. Éverton, destaque com Aguirre, encaixou muito bem por ter essa característica de “atacar o espaço” (ou seja, correr em direção a um buraco para dar opção de toque). Diego Souza se tornou mais móvel e Nenê tem opções para passes certeiros.
Mobilidade e troca de posições
O São Paulo de Aguirre não é um time de ataque posicional. Isso significa que as posições ou funções não são referências de movimentação. É a mobilidade e a busca pelo setor da bola que influencia nas jogadas de ataque. Isso torna o time muito móvel – todo mundo saindo de posição, indo tocar, jogando com tabelas e velocidade. A imagem abaixo exemplifica: Diego Souza sai da referência e busca o lado esquerdo, dando opção de jogo a Éverton. Veja como a defesa do Botafogo, em amarelo, está organizada. Diego Souza não obedeceu a sua “posição”. Foi buscar a bola, assim Éverton passa livre, vence o lateral do Bota na velocidade e faz o cruzamento para a área.
GE
Imaginem Hernanes nesse time….ai sim nós seriamos um candidato muito forte ao titulo….mas que continuem assim que podemos ir longe
Eu acho que desta vez não teremos Hernanes. Vamos com o que temos e viva dom sebastião, rs
Qualquer craque nesse time organizado se destacaria e tornaria mais fáceis as vitórias. Tem uma vaga no meio direito sobrando. Os mlks da base (Shaylon, Lucas Fernandes, Aaruna, etc) estão brigando por ela. Por enquanto parece que não conseguiram tomar de Marcos Guilherme na bola. Creio que se Liziero fosse destro e jogasse por aquele lado, estaria tudo resolvido.Valdívia é outro que também não consegue jogar por ali e hoje é reserva do Éverton na esquerda. Vamos ver se o Aguirre encontra esse cara ou se chega mais algum reforço.
Boa análise.
A mentalidade do time mudou e talvez esta seja a maior contribuição de Aguirre, dentre outras. Os jogadores correm muito, se desdobram e limitam o espaço do adversário, que mal tem tempo de pensar com a bola nos pés.
Não iremos ganhar sempre. Mas sempre iremos vender muito caro as derrotas.
SPFC virou um time muito chato de se enfrentar. Acabou a moleza, pros jogadores do SPFC e, sobretudo, pros adversários.
Nuuuuunca
Nuuuuunquinha
Mas nunca mesmo
Nunca critiquei!!!
Estamos só no início da subida…
e folego deve ter.. ja que o gigante estava adormecido…
Vamos São Paulo!!!
Volta a fazer a alegria da sua torcida!!
Uma vitória no próximo jogo me deixaria nas nuvens. Confiante até pra cantar a música zica “ôôô o campeão voltooou….”
Bom seria vender RC e que, sabe alguma graninha pelo Militao, para correr atrás de um ponta é um lateral, e subir mais um zagueiro da base… Vamo que vamo
O ideal seria vender o R. Caio e o Cueva, que não está fazendo falta e rachava o elenco com sua marra e descaso…Mantem o Militão e traz um meia atacante pra repor a saída do peruano…
Me encanta mais o estilo de jogo intenso que temos hoje do que de toque de bola sem objetivo, ainda mais quando não se tem a qualidade daquele Barcelona.
Mas acho que temos que melhorar nossa posse para circunstâncias de jogo, por exemplo, pra segurar a pressão inicial do adversário em jogos fora e pra segurar placar favorável sem sofrer.
aos pouco estamos caminhando para um estilo Ceni, antes do jogo com a porcada.
Bate na madeira meu filho!
Eu “mirrê firo” aos placares com mais gols. “Num paréce”?
Não, é só estilo Aguirre mesmo.
Coincidência ou não sempre que o São Paulo faz um bom jogo ou boa sequência aparecem essas matérias destrinchando o esquema tático do SP
Como se tivesse alertando o adversário como vencer o Tricolor.
Sempre…. sinto um cheiro de preocupação com o Tricolor embalando no ar… kkkk
Esse colunista costuma fazer análises de times que estão em destaque, não seria empolgante fazer um painel tático do Paraná, não é?
Não é obaoba de minha parte… mas tenho certeza que vamos moer os porcos
Resumindo: é o melhor que dá para fazer com o material disponível.
Colocar 11 jogadores no campo adversário e deixar espaço atrás da zaga não é o caminho.
Agora é reforçar o elenco para jogar nesse estilo da melhor maneira possível e colher os frutos.
Esse é o caminho aqui no Brasil.
Ainda assim, a dupla Petros-Jucilei não me agrada. Ou um, ou outro.