No Brasileiro que em sete rodadas apresenta um cenário de apenas três pontos separando o líder Flamengo do Sport, nono colocado, vencer fora de casa pode ser a chave para brigar no topo e não se contentar com o final da primeira página da tabela. Ou nem isso. Por isso a importância do triunfo do São Paulo sobre o América por 3 a 1 no Estádio Independência. Também foi o primeiro revés do time mineiro em seus domínio. Podia estar em quarto, caiu para 11º.
O protagonista foi Nenê, com dois gols de bola parada, mas fundamental não só tecnicamente, mas também na liderança em campo que influi na transformação anímica da equipe desde a chegada de Diego Aguirre. A invencibilidade é apenas uma indicação nos resultados que hoje não é fácil se impor diante do tricolor como em outros tempos.
Diego Souza abriu o placar completando assistência de Everton. Com Nenê formaram o trio ofensivo que vai ganhando liga. Antes fechando o quarteto com Marcos Guilherme pela direita. Ponteiro que tem contrato até 30 de junho e, sem acordo com o Atlético Paranaense, dosa as partidas para não chegar a sete e ele não poder mais atuar pelo Brasileiro. Em Belo Horizonte entrou Araruna, titular depois de quatro meses. Um volante aberto pela direita.
Não é novidade. No momento em que o 4-2-3-1 virou moda no mundo e chegou ao Brasil, uma das grandes preocupações dos treinadores era com o preenchimento do meio-campo. Um meia de criação, dois ponteiros e o centroavante. Um volante mais fixo na proteção da defesa e sobrava um imenso pedaço de campo a ser preenchido pelo volante mais adiantado.
Dunga e Jorginho encontraram uma solução com Elano para auxiliar Gilberto Silva e Felipe Melo e dando liberdade a Kaká e Robinho se juntando a Luis Fabiano. Ramires era a reposição em função que se tornou fundamental na execução do misto de 4-2-3-1 com o losango no meio-campo. Ou um 4-3-1-2 sem sacrificar tanto os laterais, motivo pelo qual o desenho caiu em desuso.
Até hoje Dunga lamenta não ter sacado Ramires com a vitória garantida sobre o Chile nas oitavas. Cartão amarelo, suspensão e, com Daniel Alves, o meio enfraquecido que sucumbiu diante da Holanda. Ficou o legado desta variação tática, que Dunga colocou em prática na sua passagem pelo Internacional em 2013. Com Fred, hoje na seleção brasileira e de partida para o Manchester United. Fez eco em outras equipes e hoje é uma das marcas do rival colorado, o Grêmio.
Ramiro é o ”ponta volante” de Renato Gaúcho. Que tem função parecida com a do ponteiro ”armador”, que parte do flanco para o centro, porém é menos ofensivo. Participa da construção um pouco mais recuado, perto da dupla de volantes. Tem liberdade de movimentação e abre o corredor para o lateral, além de liberar o meia central e o ponta do lado oposto para se juntar ao centroavante. Também deixa um espaço para que alguém infiltre como elemento surpresa.
Na prática, a lógica é a mesma da origem da inclusão de um terceiro homem no meio-campo que ganhou o mundo com Zagallo mais claramente na Copa de 1962, embora já se fizesse notar quatro anos antes na Suécia. Reforça o meio-campo ao lado de Zito e Didi e o espaço pela esquerda é aproveitado por alguém do trio ofensivo. Na Copa realizado no Chile, Amarildo, o substituto do lesionado Pelé, foi quem apareceu por ali, inclusive para marcar o primeiro gol dos 3 a 1 na final sobre a Tchecoslováquia. Voltando ao São Paulo em 2018, Araruna ajudou Militão a fechar o setor direito e equilibrou o meio-campo com Jucilei e Hudson. Nada especial, até pela falta de costume na função e o desentrosamento com os companheiros. Segundo o Footstats, acertou 13 passes, errou dois. Nenhum desarme correto, nenhuma interceptação. Dois cruzamentos errados. Não finalizou nenhuma jogada.
Importante foi o posicionamento em campo que deu um encaixe melhor ao time e facilitou o trabalho do trio da frente. No primeiro gol, o contragolpe é trabalhado por Nenê, que aciona Everton e este serve Diego Souza aparecendo pela direita para completar.
Aguirre é adepto do rodízio e das mudanças táticas de acordo com o adversário e dependendo do contexto. Mas pode usar mais vezes Araruna ou outro jogador como o ”ponta-volante” que equilibra o time e distribui melhor as peças em campo.
UOL – André Rocha
Vamos São Paulo
VOLTA DORIVAL!!!! Segundo o Dorival, ele NÃO tinha pedido nem o Diego Souza e tampouco o Nenê! Aliás, queria que o Nenê acompanhasse os laterais adversários….Como perdemos tempo com aquele INEPTO! SP poderia ter ganho o Paulista se o Aguirre estivesse desde o começo.
Pior ainda se a diretoria tivesse obedecido a torcida demente e contratado o Picareta do Luxemburgo, como alguns ainda querem aqui…. tariamos em ultimo agora !!!!!
Esse é o lado bom de treinador estrangeiro, a maioria costuma dar chance quase que à totalidade dos jogadores do elenco. Todo mundo vai jogar, a gestão do elenco dele é muito boa. Minimiza biquinho. para o torcedor se perder é que o time não tem um time titular e blá blá blá.
Precisa melhorar o encaixe na marcação, e a saida do militão preocupa bastante também. Espero que possamos achar alguém pra fazer a do Militão, pra mim não é o Regis nem o Bruno, perderiamos taticamente essa possibilidade de uma hora 3 zagueiros outra hora uma linha com 4 defensores.
perderemos na verdade, essa “vantagem” tatica
O Walce é zagueiro/lateral… se não me engano.
Pronto achamos um jeito de ganhar tudo, um ponta-volante!
A escalação de Araruna ontem, pode ser apenas um teste, como também pode ser um sinal de que Régis não vem agradando.
Eu acredito que é apenas uma variação. Ele muda o time conforme o adversário. Então terá jogos onde ele saberá (assim espero) as habilidades do Regis,
Acredito tb que é uma variação tática… escala um jogador mais defensivo quando jogar fora e um ponta mais ofensivo (Regis, Morato) quando jogar em casa.
Araruna não foi apenas um teste, foi uma opção tática para o adversário de ontem, haverá jogos para o Regis, para o Valdivia pela direita, ou algum outro atleta do elenco. Aguirre parece ser um treinador de opções táticas , estratégias diferentes para cada partida.. se isso vai gerar títulos ou não, so o tempo dirá,, mais nos teremos que nos acostumar com essas variações de equipes com estratégias diferentes por que esse e o estilo do treinador.
Finalmente, um grande jogo, mas sobretudo uma evolução consistente que espero continue nos proximos jogos. Fui um dos que criticaram a contratação do Diego Souza. Hoje, gostosamente, mordo a lingua, me redimo do que disse e espero que o atleta continue a nos dar alegria. O time todo esta de parabens !
Avante SPFC, rumo a liderança !
http://www.lance.com.br/sao-paulo/brenner-segue-com-selecao-londres-fantastico.html
Na verdade, Aguirre ainda ta procurando um volante com poder de infiltração e definição. Ainda não tirou da cabeca a ideia de três volantes. É um esquema que ele vai querer usar sempre mas que só faz sentido em jogos fora de casa…ocorre que no atual elenco não existe esse volante de definição. Hudson, jucikei, Petros, Liziero, já provaram que não definem partidas com infiltração. Dai ele ta testando o Araruna na função…concordo com o teste e com a mudança de esquema conforme o adversário. Mas acredito que o Aguirre busca mesmo gixar um esquema com tres volantes para todos os jogos. Mas nas partidas que precisarmos de maior ofendividade não tem sentido jogar com três volantes.
Eu poderia começar o comentário dizendo que não gosto do Araruna. Acho ele muito lento, erra muitos passes e só atrasa as jogadas. Mas, para nossa sorte, deu certo. Então só posso elogiar. E é o que voce disse: deixa o Aguirre trabalhar.
Golpe de sorte contra um adversario fraco sem grande qualidade tecnica.. Eu sei, esta realizando uma boa campanha, mas duvido que mantenha o ritmo.
A opcao ali é marcos guilherme sem a menor sombra de duvidas…
O Botafogo do ano passado fez uma grande Libertadores, quase eliminou o Gremio jogando com 3 volantes. O São Paulo escapou do rebaixamento com o Hernanes sendo o volante que buscava a bola dos zagueiros e tinha a liberdade de armar e infiltrar.Não vejo problemas, acho que quem define o esquema são as opções do elenco!
Se os jogadores que nao estão jogando muito entrarem com dedicação e empenho o SPFC só tende a ganhar pq o elenco vai ficando mais recheado de opções pra aguentar algumas maratonas. Já jogamos sem Arboleda e RC e o nível da zaga não caiu muito. Já trocamos os volantes e o nível se mantém. O único problema é o baixo nível no ataque qdo vem alguém do banco já que o Trellez não faz gol, o Carneiro não se recupera e o Morato não joga.
Taticamente não existe 3 volantes, por que volante e uma função tática,,e somente um jogador da equipe perfaz essa função. os outros jogadores tem funções diferentes do volante. hoje se procura jogadores que tenham poder de marcação, passe diferenciado e se possível capacidade de finalização, jogadores dinâmicos e velozes, pra poder compactar a equipe tanto com a bola quanto sem a bola.. são elementos difíceis de achar com todas essas características.Fica mais fácil quando vc e treinador de uma equipe rica, pois vc pode mandar buscar esses elementos em qualquer parte do mundo sem se importar com o preço. aqui no Brasil o treinador ou tem a sorte de achar um perdido por ai ou vai tentando com os caras que tem no elenco.
Como eu escrevi ontem, a intenção foi conter o lado esquerdo do América-MG.O Araruna é que não aproveitou a oportunidade.
O cavalo passou selado e ele ficou só olhando.
O treinador não concorda com você, ontem na entrevista ele elogiou o Araruna pela atuação. pontos de vista diferentes.
Falar mal do cara é que ele não ia. Mas não funcionou por culpa do jogador que, muitas vezes, errava domínio de bola.
Vamos ver a sequência. Talvez, seja o que disseram também: falta de ritmo.
Eu não entendo nada de tática, agora o mais engraçado é a reportagem tentando reinventar a roda. Ele simplesmente deve ter dito pro menino “O Giovani sobe um monte, quando ele descer você fecha o meio campo que o Militão está marcando o Luan e quando ele voltar, desce nas costas dele”. O menino saiu 2x livre pela ponta, pena que faltou velocidade/ritmo de jogo/qualidade, mas esse tipo de alteração mostra o quanto o treinador conhecia o time adversário.
Lá nos longínquos anos 90 no campo do exército em Osasco/SP jogando pelos sub-12 do tricolor os caras já me pediam pra fazer isso e o jornalista fala como se um volante que sabe descer nas costas do lateral fosse a coisa mais revolucionária do futebol hahaha