O novo estatuto do São Paulo, vigente desde 2017, foi aprovado e implantado com o intuito de modernizar o clube financeira e administrativamente. Principal patrimônio do Tricolor, o estádio do Morumbi está inserido neste processo.

A diretoria de infraestrutura já tem engatilhados projetos referentes a melhorias e adequações da casa são-paulina. Para viabilizar as obras, o clube pretende firmar parcerias com empresas privadas para minimizar ou até eximir-se de gastos e, assim, não prejudicar as suas finanças.

Um desses projetos prevê a construção de uma pequena cobertura com painéis solares fotovoltaicos em sua superfície. A estrutura cobriria uma área equivalente aos três primeiros degraus do anel superior da arquibancada. De acordo com o São Paulo, a energia captada pelos painéis acarretará numa economia mensal de cerca de R$ 50 mil.

A ideia do Tricolor é produzir energia suficiente para não precisar mais pagar à Eletropaulo. O excedente da produção, inclusive, poderia ser vendido a torcedores. Há conversas com a empresa alemã Siemens para a execução do projeto, mas as partes ainda não chegaram a um acordo.

A troca de todos os refletores para modelos de LED, por sua vez, está em processo mais adiantado. O Tricolor, aliás, estima que as novas lâmpadas sejam instaladas até o fim da Copa do Mundo da Rússia, no meio de julho, em uma parceria com a empresa sul-coreana de tecnologia Samsung.

O novo modelo de iluminação, mais barato do que o atual, seria inédito em território nacional, inclusive em comparação com as arenas mais modernas do País, construídas para o Mundial de 2014. Ainda no campo da tecnologia, há um estudo para a colocação de dois telões multimídia, que exporiam as marcas patrocinadoras das reformas.

Já o projeto de aproximação entre arquibancada inferior e campo, em estágio embrionário, é considerado pela diretoria mais ambicioso e difícil de ser executado. O problema é estrutural e de logística, já que os banheiros químicos instalados para os shows no estádio ocupam toda a área em que seria realizada a obra. A ideia foi sugerida pelo próprio presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.

Há também a previsão para reformas dos vestiários dos atletas até o fim de 2018, financiadas pela Ambev, mesma empresa que patrocinou a reforma do centro de mídia do estádio no ano passado.

CT da Barra Funda

A modernização do centro de treinamentos do time profissional do São Paulo também está nos planos da diretoria. A ideia é trazer melhorias para todos os setores do local, cuja concessão da Prefeitura foi estendida até 2042, com mais 20 anos prorrogáveis.

A começar pela transferência do Reffis para o prédio onde se localiza hoje o centro de imprensa, que teria um novo galpão a ser construído ao lado arquibancada de um dos campos.

Ressalta-se que o projeto de reformulação do CT, assim como as obras no Morumbi, precisará passar pelo crivo do Conselho Deliberativo e dependerá das parcerias do clube com empresas investidoras.

GE