Neste sábado, logo depois do treino pela manhã no CT da Barra Funda, Jean deve embarcar com a delegação do São Paulo para o jogo contra o Bahia, no domingo. Voltará à Fonte Nova para uma partida diante de seu ex-time, e no banco de reservas. Mas ouvindo insistentes pedidos de paciência.

O Tricolor pagou cerca de R$ 10 milhões para contratar Jean, e ele chegou a ter uma sequência de seis jogos como titular, entre 28 de fevereiro e 17 de março, enquanto Sidão se recuperava de lesão muscular. Depois disso, não teve mais chances. E escuta da comissão técnica que precisa ter paciência, já que é, também, uma aposta para o futuro no clube, pois tem somente 22 anos de idade, 13 a menos do que Sidão, dono da posição.

– Os jogadores precisam ter muita paciência para esperar a sua hora. Falo isso não só para o Jean, como para o Lucas Perri e o Lucas Paes (outros goleiros do elenco). Eles são jovens. O Alisson, da Seleção, teve a paciência para esperar o momento dele. Ele não deixa de ser referência para os mais jovens. Se vai disputar uma Copa do Mundo… – disse Marco Antônio Troucourt, preparador de goleiros do São Paulo, ao LANCE!

– Precisa ter muita paciência e, às vezes, o jogador não têm isso de saber esperar. Mas tudo tem seu momento. O momento do Jean, do Perri, do Paes também vai chegar, e caberá a eles saber e dizer “Agora é comigo mesmo”. É o que falo, até o Rogério Ceni passou. Todos passam por isso – prosseguiu o preparador, conhecido como Marquinhos.

Nesta primeira temporada no São Paulo, Jean vem agradando nos treinos, mas cometeu falhas como titular. Errou ao tentar sair jogando com os pés e levou gol na vitória por 3 a 1 sobre o Red Bull, em 11 de março, pelo Campeonato Paulista. Em sua última partida até agora, que marcou a estreia do técnico Diego Aguirre, fez grandes defesas diante do São Caetano, no ABC, pelas quartas de final do Estadual, mas saiu mal ao tentar cortar cruzamento no lance que definiu a derrota por 1 a 0.

Fora de campo, houve um período de desentendimento entre Jean e Sidão, enquanto Aguirre optava por recolocar Sidão no time assim que o veterano ficou bem fisicamente. As rusgas chegaram às redes sociais e só pararam quando a comissão técnica promoveu uma reunião entre os dois. Hoje, o clima parece bom, tanto que é possível ver um aplaudindo defesas do outro durante os treinamentos.

Assim, Jean volta a Salvador, especificamente na Fonte Nova, onde se acostumou a jogar com a camisa do Bahia, em meio a um processo de amadurecimento no São Paulo. Na esperança de que, quando uma nova oportunidade aparecer, agarre-a de vez. Ele tem contrato de cinco temporadas. Na avaliação de diretoria e comissão técnica, tempo de sobra para ter paciência e mostrar seu valor para ficar com a posição nas próximas chances.

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