Não é segredo que o São Paulo comandado pelo técnico Diego Aguirre apresenta um futebol mais competitivo do que demonstrado pelo mesmo elenco no primeiro semestre. A equipe, no entanto, mesmo com as mudanças positivas ainda sofre com alguns fantasmas do passado. Um deles, talvez o principal, seja a incapacidade de segurar um resultado. Contra o Rosario Central, na próxima quarta (9), isto pode ser decisivo para o Tricolor.

No último sábado (5), contra o Atlético-MG, o São Paulo vencia, por 1 a 0, e fazia um bom primeiro tempo no Morumbi. O time, embora não tivesse a maior parte da posse de bola, conseguia encaixar os contra-ataques e criou boas chances de gol para fazer o segundo e, possivelmente, liquidar o confronto diante do forte Galo, do técnico Thiago Larghi.

O que aconteceu dentro de campo, no entanto, é para se lamentar. Em seguidos erros da zaga – algo comum nesta temporada -, a equipe adversária furou o bloqueio defensivo do São Paulo e virou o placar. Nos minutos finais, Diego Souza recebeu um belo passe de Cueva e empatou o jogo.

Não é a primeira vez que isto acontece com o time de Diego Aguirre. Contra o Fluminense, no último fim de semana, o São Paulo vencia o jogo no Maracanã até os 43 minutos do segundo tempo, quando levou o gol do jovem promissor Pedro. Voltou com um empate para casa, mas com a sensação de derrota.

Na quarta fase da Copa do Brasil, a equipe tinha a vaga assegurada em casa no primeiro tempo, quando vencia por 2 a 0, e jogava melhor. Levou o empate e, mais uma vez, amargou desclassificação em casa, ao lado de seu torcedor. Vale lembrar também a eliminação para o Corinthians, no Paulistão, com um gol sofrido aos 47 do segundo tempo na arena do rival.

O São Paulo, mesmo quando está bem postado em campo, joga bem e tem o resultado ao seu favor, sofre de lapsos de atenção. O time não é ruim, muito pelo contrário. O Tricolor, dono de um elenco avaliado em mais de R$ 160 milhões, tem plenas condições de fazer uma boa campanha no Brasileirão. Para isso, no entanto, precisa corrigir os erros, que lhes têm sido fatais.

Na próxima quarta, diante da equipe argentina, uma nova desatenção poderá custar ao clube a vaga na segunda fase da Copa Sul-Americana. Caso isto aconteça, será o segundo ano seguido sendo eliminado para o primeiro adversário que encontra no torneio continental, o que seria mais um vexame, dada a importância e grandeza do São Paulo para o futebol sul-americano.

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