Se por um lado a venda de jogadores representou um grande respiro nas contas, ela também pode ser motivo de preocupação. Isso porque, sem ela, a equipe teria tido motivos para ligar o sinal de alerta financeiro.

Houve uma queda nos direitos de transmissão de TV de 2016 (R$ 128 milhões) para 2017 (R$ 125,2 milhões). O programa sócio-torcedor também teve uma diminuição. Trouxe R$ 10,7 milhões aos cofres no ano passado, mas em 2016 foram R$ 13,6 milhões.

A arrecadação nos jogos também caiu, apesar de o time ter terminado a temporada jogando sempre com casa cheia, fosse no Morumbi ou no Pacaembu. O número final dessa receita foi R$ 26,9 milhões, enquanto em 2016 foi R$ 32,9 milhões.

Houve um aumento bem pequeno referente a premiação em campeonatos. Passou de R$ 1,8 milhão, em 2016, para R$ 1,9 milhão. E um aumento significativo da arrecadação com publicidade e patrocínio. Passou de R$ 35,2 milhões para R$ 56,6 milhões.

Por fim, um dado que vale citar é a diminuição da dívida com bancos e terceiros. Houve uma redução de 35,5% de 2015 para 2017. Saiu de R$ 154,1 milhões para R$ 99,4 milhões no final de 2017 – hoje está em R$ 93 milhões, segundo relatório divulgado na últma quarta-feira, fazendo o balanço do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, Leco, um ano após sua reeleição.

De qualquer forma, o São Paulo concluiu 2017 com motivos para se alegrar e nem tanto para se preocupar. Nos últimos anos, o clube mostrou dificuldade ao fechar o balanço. Teve um superávit de apenas R$ 822 mil em 2016.

Nos dois anos anteriores fechou com déficits de R$ 72,5 milhões, em 2015, e R$ 100,1 milhões, em 2014. Ou seja, os R$ 15,1 milhões de superávit obtidos em 2017 são os melhores números em quatro anos.

ESPN