Nos últimos dias, o São Paulo teve duas baixas no elenco com a saída de Aderllan, que acabou acertando com o Vitória, e a liberação de Júnior Tavares para fazer testes no Rennes, da França, mas tudo é parte de um planejamento da diretoria para reduzir o grupo tricolor.

Hoje, somando os contratados em 2018 e jovens promovidos das categorias de base, o São Paulo tem uma equipe bem inchada. São 34 jogadores. A intenção é tentar diminuir o plantel para pelo menos 28.

Como a equipe só tem duas competições para disputar –o Campeonato Brasileiro e a Copa Sul-Americana–, o número citado acima é visto como suficiente por duas razões: aumentar a qualidade dos treinamentos e estimular a competitividade interna.

Não está definido quem deve sair, embora exista um raciocínio de que há muitos jovens no elenco que podem ser emprestados para adquirirem experiência. Casos como o meia Paulo Henrique, 20, e os atacantes Bissoli, 20, Paulinho, 20, Shaylon, 20 e Caíque, 19.

Há também a possibilidade de perdas por questões contratuais ou mercado.

Por exemplo, o São Paulo ainda não conseguiu acertar com o Atlético-PR a permanência do atacante Marcos Guilherme até dezembro deste ano. O contrato de empréstimo terminará em 30 de junho, mas havia um acordo verbal para que ele fosse renovado por mais seis meses de forma automática. O clube curitibano, contudo, mudou o discurso e já avisou que a intenção é vendê-lo.

Éder Militão, que tem contrato até janeiro de 2019 e é titular absoluto, também pode ter a saída antecipada. O motivo é que a renovação contratual está emperrada –as três propostas feitas não agradaram. Caso a situação não mude, uma negociação poderia ocorrer já no meio do ano para que o São Paulo tenha retorno financeiro. Lembrando que qualquer clube poderia procurar o lateral com um pré-contrato de seis meses antes do vínculo terminar sem necessidade de pagar nada ao clube do Morumbi.

Por fim, muitos dentro do São Paulo não imaginam que o meia Cueva continue na equipe após a Copa do Mundo. O jogador peruano já foi assediado outras vezes, mas não saiu. No entanto, a tendência é que venham propostas melhores após o Mundial.

A redução do elenco não é vista como um problema pelo técnico Diego Aguirre. Pelo contrário, o uruguaio prefere trabalhar com um grupo entre 28 e 30 atletas e já teria indicado isso para a diretoria de futebol. Ele tem como filosofia de trabalho girar o grupo de um jogo para o outro aproveitando todos os atletas. Um elenco com 34 jogadores deixa muitos ociosos.

Nos nove jogos em que comandou a equipe tricolor, Aguirre utilizou 27 atletas diferentes. Só repetiu a escalação uma vez, nas partidas contra o Corinthians na semifinal do Campeonato Paulista.

Vale lembrar que naquela ocasião o treinador uruguaio tinha poucos dias no clube e os desfalques do zagueiro Rodrigo Caio e do meia Cueva, que tinham sido convocados para defender as seleções do Brasil e do Peru, respectivamente.

As duas baixas recentes aconteceram nesta semana. Aderllan teve o contrato encerrado e assinou com o Vitória. Já Junior Tavares ainda tem vínculo com o clube tricolor, mas ficará um tempo no Rennes para testes, segundo o blog do jornalista Jorge Nicola, que é comentarista dos canais ESPN. Se for aprovado, aí sim será negociado de forma definitiva quando a janela de transferências abrir.

DIEGO SOUZA DEVE FICAR

Maior contratação do São Paulo na temporada, o meia Diego Souza vive um período ruim, ficando fora até de alguns jogos da equipe. Isto fez com que o Vasco da Gama procurasse o clube do Morumbi com a intenção de negociar um empréstimo.

Apesar de todo o contexto, não está nos planos da diretoria tricolor perder o meia. Ao menos não neste momento.

Um dos motivos é que o investimento foi realmente alto: R$ 10 milhões. Então, seria preciso ter o retorno do valor (ou algo próximo) para iniciar alguma conversa neste sentido. Outro motivo é que o jogador está há pouco mais de três meses. Ou seja, ainda pode se recuperar.

ESPN