Diego Aguirre comandou o São Paulo pela sétima vez na última segunda-feira, no triunfo diante do Paraná por 1 a 0, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro. Usou um time misto de olho no confronto da próxima quinta-feira contra o Atlético-PR, que valerá vaga nas oitavas da Copa do Brasil, e deixou o jogo com algumas certezas e muitas dúvidas.

Confirmou mais uma vez a solidez do setor defensivo, que sofreu apenas quatro gols nas sete partidas dirigidas pelo uruguaio (média de 0,57). Um melhora, sem dúvida, apesar de ter herdado uma defesa que já ostenta um bom retrospecto – média 0,68 tento sofrido por partida.

A avaliação feita pelo treinador é positiva, especialmente em um dia que o triunfo foi obtido graças a um gol de cabeça de Bruno Alves.

“Bruno Alves foi bem, e temos jogadores na defesa de nível similar. Anderson Martins, Militão, Rodrigo Caio, Arboleda… É minha parte distribuir as cargas. Temos que continuar trabalhando para melhorar, mas o São Paulo está seguindo um caminho, ganhando uma identidade”, disse Aguirre após o jogo.

Se a defesa tem feito Aguirre sorrir, o ataque ainda está bem longe de agradar.

Mais uma vez o time teve dificuldades na hora de finalizar, chutando poucas bolas no alvo durante o confronto com o Paraná. A falta de pontaria refletiu nas arquibancadas, com vaias a cada momento que ocorria um erro. As mudanças no segundo tempo não melhoraram o panorama.

O setor ofensivo contra os paranistas foi formado por Marcos Guilherme, 22, e Brenner, 19, jogadores jovens que são reservas. Mas a decepção de Aguirre foi especialmente com o setor de criação, que teve Cueva (autor da assistência para Bruno Alves no primeiro tempo) e Lucas Fernandes, apagado.

“Eu falei que queria construir o time primeiro defensivamente para depois pensar no ataque. Sinceramente, eu não gostei da nossa proposta de ataque. Não é porque ganhamos que vamos pensar que as coisas estão bem. Talvez falte entrosamento no ataque, e isso pode ter acontecido hoje. Estamos num caminho sem sofrer gol, mas o time tem que aparecer mais na frente. Vamos ver o que acontece na quinta-feira”, admitiu Aguirre.

Nos sete jogos sob o comando de Aguirre, o São Paulo fez cinco gols (média de 0,71). Antes, foram 16 gols em 20 jogos, com média de 1,25 tento por partida.

Por isso, ele festejou que a negociação para a vinda do meia-atacante Everton, 29, do Flamengo, esteja quase concluída. O São Paulo acertou o pagamento de R$ 15 milhões pela multa rescisória, faltando apenas detalhes burocráticos. A previsão é que ele faça exames médicos nesta semana e assine o contrato.

ESPN