O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, acusa seu vice, Roberto Natel, de tentar desestabilizar a gestão do clube. O mandatário tricolor declarou, em entrevista ao jornal Agora, que a relação entre os dirigentes é “meramente institucional”.

– Ele tem participado de ações, e muitas, no sentido de desestabilizar, de fragilizar a gestão – diz Leco.

O GloboEsporte.com informou, na semana passada, que os cartolas estavam rompidos. Leco vê Natel como opositor. Eles encabeçaram a chapa vencedora da última eleição.

Na segunda-feira, Natel entregou ao Conselho Deliberativo do São Paulo um requerimento pedindo reunião extraordinária para debater alterações no estatuto do clube. Ele esteve acompanhado por Newton do Chapéu, da oposição. A dupla, com o requerimento, pede que um conselheiro renuncie cargo se assumir função na diretoria executiva do São Paulo.

– Modificar isso agora não tem outra feição, outro efeito, a não ser o de dificultar essa gestão. Existem, infelizmente, pessoas dentro do próprio São Paulo que torcem para que a gestão não dê certo – afirma Leco ao Agora.

Dirigentes ligados ao presidente tratam Natel como um antagonista, cujas ações seriam motivadas por razões pessoais. Ele é apontado como um dirigente que opera contra a atual diretoria, mas não pode ser destituído do cargo, já que foi eleito.

Aliados de Natel acreditam que Leco não absorveu completamente a decisão do vice de deixar a gestão em 2016, quando decidiu ser candidato à presidência – e depois recuou.

 Natel não representa o clube em momentos de ausência do presidente e não participa das decisões do dia a dia do Tricolor. Também ao Agora, o vice disse que vê sua antiga candidatura como motivo das desconfianças de Leco.

– Eu tenho de ter conhecimento do que acontece no clube, até para explicar aos outros. Lá atrás, eu fui candidato, e ele não digeriu bem isso. A partir do momento que fizemos uma composição, no fundo, ele não queria aceitar.

GE