Nesta 6ª feira, recebi informações até então diferentes do que a mídia explanava nos mais diversos veículos referente ao contrato Adidas – São Paulo FC.

Ciente das disparidades, procurei alguns conselheiros que se manifestaram para as vistas disponibilizadas e conferiram o documento. Para minha surpresa, segundo estas pessoas, o contrato era diferente do que se abordou amplamente nos grandes veículos inclusive. Entrei em contato, também, com uma fonte segura da gestão para aferir as informações, que explicou tais pontos.

Veja o que me foi dito:

– O contrato prevê um adiantamento de R$ 3 milhões. Entretanto, não são luvas e sim serão descontados ao final do ano do montante arrecadado correspondente à parcela do São Paulo FC em Roaylties;

– O São Paulo FC não tem QUALQUER valor fixo no contrato e não há qualquer garantia de recebimento de valores. Ou seja, os R$ 15 milhões anunciados anteriormente não existem. São uma PROJEÇÃO de valores correspondentes à média de vendagens anuais de camisas do clube que com os royalties de 26%, parte de direito do São Paulo, chegariam a aproximadamente R$ 15 milhões;

– A megaloja consta do contrato;

– Acima de R$ 25 milhões, o valor da porcentagem dos royalties sobe para 30% e o São Paulo FC ganharia bem mais;

– Não há comissões, afinal, não há valores de assinatura, luvas entre outros.

Vamos às principais conclusões após a conversa e  batida de pontos deixando em versão oficial do clube:

– O contrato prevê um adiantamento de R$ 3 milhões. Como demonstração de boa fé e ambição em estabelecer uma parceria forte a partir da aceitação da proposta, a Adidas se predispôs a conceder tal adiantamento. Não são luvas e sim serão descontados ao final do ano do montante arrecadado correspondente à parcela do São Paulo FC em royalties;

– O contrato não tem um valor fixo, como abordam os grandes veículos de imprensa, mas sim uma projeção baseada de variáveis, que, dentro dos cálculos, deve chegar a cerca de R$ 20 milhões anuais para o São Paulo FC. A grande variável e ponto forte do contrato são os royalties em vendas de peças, maiores que os praticados habitualmente no mercado. A proposta da Adidas superou em muito as apresentadas pela Under Armour e pela Topper, justamente pela oferta de participação em royalties.

– A megaloja no estádio do Morumbi consta do contrato. O espaço será cedido pelo São Paulo FC, no mesmo local em que a Under Armour deveria estar operando, no Concept Hall, e será operada pela Adidas. É desejo do São Paulo FC que a Adidas tenha uma operação forte na megaloja para valorizar ainda mais o Concept Hall e aumentar a venda de camisas, uma vez que o diferencial do contrato está exatamente na participação em royalties.

– O São Paulo FC terá direito a 26% de royalties por produto, e o contrato prevê um gatilho para que tal índice suba para 30% caso as vendas de peças ultrapassem R$ 25 milhões anuais, o que aumentaria ainda mais o valor final do contrato.

– Não houve intermediação e, portanto, não há comissão devida a nenhuma empresa pelo contrato. O São Paulo FC demonstra que hoje tem condição de tratar de igual para igual com uma empresa de grande porte, sem a necessidade de intermediários.

Eu, em nome do Blog do São Paulo, agradeço a explicação e compartilho com todos os torcedores, cientes agora de que a proposta apesar de muito diferente da Under Armour, Penalty e outros que tivemos recentemente, será o melhor para o clube nos próximos cinco anos e meio.

Alexandre Zanquetta