Trabalhei em São Paulo e Corinthians, no Morumbi. Nos anúncios das escalações, dois times mais fechados e combativos. O tricolor com a volta de Petros. O Corinthians perdendo Rodriguinho no aquecimento e com Júnior Dutra, ao invés de Pedrinho. Bola rolando e o São Paulo dando um banho de atitude, algo em falta pelos lados da Barra Funda, nos últimos clássicos. Congestionou o meio-campo, marcou a saída de bola e encaixotou o Corinthians. O São Paulo ganhava a primeira e a segunda bola. Jucilei, Petros e Liziero controlaram o meio e Trellez e Nene foram boas alternativas de ataque. No erro de Mantuan, Trellez venceu Pedro Henrique na velocidade e bateu para Cássio defender e Nene conferir no rebote. 1 a 0 São Paulo, com justiça. O Corinthians não chegou ao ataque, nenhuma vez.

Na segunda etapa, o Corinthians teve que sair para o jogo e o São Paul se resguardou, explorando os contra-ataques. Matheus Vital cresceu e Pedrinho entrou bem, mas faltou força ofensiva para o Corinthians agredir Sidão. O goleiro são-paulino fez apenas uma defesa em chute de Vital. O jogo não foi bom tecnicamente, mas não dá para tirar os méritos da vitória do São Paulo. Taticamente, Diego Aguirre venceu Carille. Neutralizou as jogadas fortes do Corinthians e poderia ter ganho por um placar maior, se tivesse mais qualidade nas finalizações.

Carille tentou desviar o foco da derrota, acusando Aguirre de arrogância e soberba, por não ter lhe cumprimentado, antes da partida. Aguirre se desculpou no intervalo e o assunto parecia encerrado. Mas Carille insistiu na coletiva, lembrando até que os brasileiros são educados com os estrangeiros, mas o inverso não acontece. Mal, muito mal. Deveria ter reconhecido que foi inferior, da escalação aos 90 minutos. Tem que saber por que perde, também.

Praetzel