Um dos maiores ídolos da história do São Paulo e hoje homem-forte do departamento de futebol do clube, Raí participou do quadro “1 x 1” do Seleção SporTV, com entrevista a Cleber Machado, nesta terça-feira.

O ex-meia falou sobre seu trabalho no São Paulo (ao lado dos também ex-jogadores Ricardo Rocha e Diego Lugano), sobre as mudanças recentes no comando técnico (Diego Aguirre assumiu o time na segunda-feira em substituição a Dorival Júnior) e sobre o momento conturbado do clube, que lutou para não cair no Brasileirão do ano passado e fez só a quinta melhor campanha na primeira fase do Campeonato Paulista.

– É claro que a responsabilidade do dirigente é maior, você divide com elenco, clube, política. Para assumir uma responsabilidade como dirigente, tem que estar com mais experiência. É isso que estou fazendo aqui: reunião com gestores, nutrição, fisiologia, cada um traçando metas – disse Raí, sobre a nova função.

– O São Paulo sempre foi pioneiro, o que mudou? O que pudemos melhorar? Eu não tenho conhecimento para avaliar nutrição, fisiologia, mas eles têm e podem ajudar a trazer pessoas, avaliar melhor. A missão que eu dei foi: o que vocês precisam para transformar a sua área na melhor possível, em referência? – exemplificou.

Raí também falou sobre a relação com Ricardo Rocha e Lugano, outros ex-jogadores que também atuam na direção do clube hoje:

– Quando eu parei de jogar, cheguei para o (José Augusto) Bastos Neto (ex-presidente do São Paulo) e falei: gostaria que vocês investissem na minha formação para eu fazer uma carreira aqui como gestor. Por que eu citei isso? Porque o Lugano está tendo o que eu imaginava que poderia ser um caminho para mim. Eu escolhi o Ricardo, você conhece. O preparador físico, Pedro, exemplo prático, que está há mais de 10 anos no São Paulo. Está vindo o Aguirre, que tem preparador. Falei: “Pedro, olha, você vai trabalhar com o Aguirre, quero que vocês interajam. Mas quero investir em vocês. Quero que me fale o que fará de especialização, de estágio nos próximos dois anos”.

O dirigente ainda falou sobre os anos recentes sem títulos do clube:

– Estamos reavaliando tudo. O que tem que ser colocado é o porquê dessas temporadas. A estrutura é maravilhosa, mas vira em competição. A estrutura está melhor? Está abaixo? Podemos passar os outros? É isso que quero, passar os outros em gestão, tecnologia, para também estar à frente no campo depois.

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