Dorival Júnior não é mais o técnico do São Paulo. A pressão que era grande há algumas semanas se tornou insustentável após a derrota por 2 a 0 no clássico contra o Palmeiras, quinta-feira, na arena do rival, pelo Paulistão. O comandante foi demitido após uma reunião da diretoria nesta sexta-feira. André Jardine, treinador da equipe sub-20, assume interinamente a função.

A campanha no estadual (cinco derrotas em 11 jogos) e a oscilação da equipe durante os jogos foram alguns dos motivos para a queda de Dorival. Na avaliação da direção, o time vinha rendendo muito menos do que poderia.

O treinador, por sua vez, também já mostrava certa insatisfação, principalmente por não ter seus pedidos atendidos durante o período de contratações. Em uma de suas entrevistas, Dorival deixou claro que não havia pedido as chegadas de Nenê e Tréllez e que trabalhava com outros nomes.

No fim de julho, o executivo de futebol Raí disse que o técnico tinha autonomia para escalar a equipe, além de “extrair o melhor de todos e alcançar um melhor desempenho coletivo”. Era uma espécie de aviso de que, se não houvesse reação, o futuro estaria em xeque.

A derrota e a atuação do São Paulo no clássico contra o Palmeiras foram determinantes para a mudança de comando. O Tricolor teve péssimo desempenho no primeiro tempo e acabou facilmente dominado pelo rival. Foi a terceira derrota em três clássicos na temporada.

Dorival assumiu o São Paulo para substituir Rogério Ceni, em julho de 2017, e comandou a campanha que livrou o time do rebaixamento do Brasileirão.

No total, foram 40 jogos pelo São Paulo, com 17 vitórias, 11 empates e 12 derrotas. O aproveitamento foi de 51,6% dos pontos.

GE