Cinco anos e meio de contrato, R$ 15 milhões anuais pagos só pelo patrocínio, 26% de royalties por produto vendido, com uma taxa evolutiva, e abertura da megaloja no estádio do Morumbi. Esses são alguns detalhes do contrato entre São Paulo e Adidas, que a partir de junho será responsável pela confecção do material esportivo do clube.

Quem teve acesso ao documento assegurou à reportagem que há outras vantagens, como o valor pago em material esportivo (mantido em segredo por cláusulas contratuais) e um bônus por conquistas.

O acordo entre as partes foi firmado há duas semanas, passou pelo conselho de administração na última sexta-feira, onde foi aprovado de forma unânime, e agora seguirá ao conselho deliberativo para aprovação final.

Quem teve acesso ao contrato afirmou para a reportagem que não vê chance de ele ser reprovado.

O envio da minuta do contrato com a Adidas aos conselheiros é uma exigência do estatuto do São Paulo por conta das altas cifras envolvidas e também pelo fato de o prazo final do vínculo com a empresa alemã extrapolar o atual mandato do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. Ele ficará no cargo até 31 de dezembro de 2020.

A reunião no conselho, contudo, não tem uma data marcada para ocorrer.

Além dos valores, o contrato recebeu elogios internos por resgatar a megaloja dentro do Morumbi. A Under Armour (atual patrocinadora esportiva do São Paulo) é a proprietária do espaço no estádio, mas não o utiliza para fazer vendas. Usa apenas como exposição dos produtos (o que se restrige a camisas, calções e meiões).

Muitos no clube veem isso como um erro da empresa americana, que desperdiçava a oportunidade de aumentar as vendas durantes os jogos da equipe. Em 2017, o São Paulo teve uma média superior a 30 mil pagantes em casa.

Um diferencial entre o contrato com a Adidas e com a Under Armour e que a empresa americana tinha um pagamento mínimo garantido no caso de venda de material esportivo. Isso assegurava ao São Paulo o retorno financeiro independentemente de ocorrer um aumento nas vendas.

Na visão dos envolvidos, a inexistência desta cláusula deve-se a novas práticas no mercado.

ESPN