Em 9 jogos no Campeonato Paulista, o São Paulo fez sete gols, média de 0,7 por partida. No empate com a Ferroviária, o ataque passou em branco e aumentou a irritação da diretoria com a dificuldade do time em balançar as redes. Os tricolores fizeram até aqui só a metade dos gols anotados pelos rivais Palmeiras e Santos no Estadual. O time do Morumbi está bem atrás também do Corinthians, autor de 13 gols.

A escassez de gols já gerou bronca pública de Dorival nos atletas. Ele afirmou que treinador não faz gol. A diretoria não gostou e repreendeu o treinador internamente. Na avaliação da direção, em última instância o técnico é responsável. Esse é um dos motivos que aumentam a possibilidade de queda do comandante. A situação ficou especialmente delicada após o empate com o clube de Araraquara porque a diretoria havia dito a Dorival que não via mais espaço para perda de pontos contra equipes com menor orçamento. A conversa, porém, não teve efeito prático.

Como mostrou o UOL Esporte, apesar da insatisfação com o trabalho do técnico, a tendência é que ele seja mantido no cargo após reunião de rotina com a diretoria nesta segunda. O fato de o time já jogar na quarta com o CRB pela Copa do Brasil é um ponto favorável a permanência. O tempo seria curto para o time se reorganizar antes de um jogo importante.

Até aqui, o posicionamento de Raí tem sido fundamental para segurar o treinador. Ele defende a tese de que técnicos precisam de tempo para desenvolver seus trabalhos. Porém, os sinais no Morumbi de que Dorival está muito próximo do fim da linha são cada vez mais fortes.

UOL