Apesar de considerar que o atual elenco do São Paulo está equiparado ao dos rivais, a diretoria tricolor não fechou o ciclo de contratações. Um pedido antigo de Dorival Júnior continua no radar. Isto é, um atacante de velocidade pelo lado.

Hoje, Dorival tem Marcos Guilherme como opção pela direita e Valdívia, que, embora prefira atuar mais centralizado. Já na esquerda tem usado Nenê, que não tem tanta velocidade, Brenner, que é centroavante e joga improvisado, e Lucas Fernandes.

Marcos Guilherme e Nenê são titulares incontestáveis. O primeiro atuou nos nove jogos que o time fez na atual temporada, sendo que somente no primeiro saiu do banco de reservas (substituiu Maicosuel, que já nem está no clube) e foi titular nos outros oito.

O segundo chegou com a temporada em curso. Estreou contra o Botafogo-SP e não saiu mais do time.

Mas Dorival quer e tem pedido à diretoria opções, especialmente para Marcos Guilherme. Embora goste do seu titular, ele acha arriscado ter apenas um jogador com as características que deseja no setor.

O treinador também gosta muito do futebol de Valdívia e até partiu dele o pedido da contratação do meia-atacante, mas Dorival entende que o jogador não é tão rápido. Como exemplo, o camisa 21 entrou na vaga de Marcos Guilherme no segundo tempo do confronto com o Santos, mas acabou atuando mais centralizado e quase nada pelo lado direito.

A outra opção para a direita é Caíque, que entrou no lugar de Marcos Guilherme em dois jogos: Novo Horizontino e CSA. Mas a avaliação da diretoria é que o garoto de 19 anos ainda não está pronto e é preciso ter mais paciência com o desenvolvimento dele.

O problema que o São Paulo encontra no mercado é quem contratar? Bons jogadores estão empregados e são caros.

“Estamos monitorando. O Raí está liderando isso. E analisamos oportunidades. Nosso elenco é bom, competitivo, mas não consideramos fechado. Procuramos pelo menos mais uma posição ou até duas”, disse Ricardo Rocha, coordenador de futebol do São Paulo.

INTERESSE EM LATERAL ESFRIA

A declaração de que o São Paulo tinha interesse em Victor Ferraz, lateral direito do Santos, foi dada pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, há algumas semanas. De fato, Dorival Júnior indicou o jogador por ter trabalhado com ele.

A favor do São Paulo estava o fato de Victor Ferraz viver um desgaste com a torcida. Por outro lado, o Santos não pretende abrir mão. O jogador de 30 anos tem contrato até 31 de dezembro de 2019. Os dois chegaram a conversar, mas a negociação esfriou.

“Não fizemos nenhuma proposta. Não queremos um embate com o Santos, um clube que temos uma boa relação. Além disso, damos apoio ao Militão, que é um bom jogador e vem se saindo bem na posição. Ele me lembra eu. É zagueiro, mas pode jogar como volante, como lateral. É um bom garoto e vamos prepará-lo ainda mais”, disse Ricardo Rocha.

Militão, que é zagueiro de origem, tem jogado na posição e vem agradando, o que também esfriou as conversas.

Atualmente Victor Ferraz está se recuperando de uma luxação no ombro direito. Quem acompanha o dia a dia dele afirma que o jogador está mais para baixo, desanimado e não descarta a possibilidade de uma transferência ocorrer mais para frente.

ESPN