O São Paulo apresentou, na segunda-feira, o meia Nenê e o atacante Santiago Tréllez. Pelo que o time de Dorival Júnior mostrou até aqui na temporada, os dois chegam com um objetivo claro: aumentar o poder criação da equipe, que tem sofrido para fazer gols.

 Não é por falta de posse de bola, por exemplo, que o clube tricolor só balançou as redes adversárias três vezes, a pior marca entre os grandes, que já marcaram, no mínimo, o dobro de oportunidades cada – Corinthians e Palmeiras têm oito tentos, e o Santos, seis.
Nenhum outro time do Paulista fica mais com a bola que o São Paulo, dono de média de 63,1% de posse por partida. Ficam abaixo de 60%, 14 dos outros 16 clubes, incluindo Palmeiras (58,3%) e Corinthians (56,2%), com o Santos sendo a única outra exceção (62,1%).

O São Paulo também está no topo entre os que mais tentam passes no Estadual, com um total de 2235 em quatro partidas, abaixo apenas do Santos – 2304.

O problema é que esses números ainda não têm ajudado o time de Dorival a marcar. Na verdade, sequer a finalizar, já que a equipe é apenas a sétima em chutes a gol.

Em quatro duelo, o São Paulo finalizou 49 vezes, 15 a menos em relação ao líder no quesito, o Palmeiras, com 64 tiros. Desses ainda, o time tricolor só acertou o alvo 15 vezes, em um aproveitamento de 30,6%, o sétimo pior do campeonato no quesito.

No clássico do último sábado, por exemplo, contra o Corinthians, o São Paulo teve mais posse de bola (59,5% a 40,5%), trocou quase 200 passes a mais (451 a 271) e ainda finalizou mais (10 a 7). Acabou, contudo, derrotado por 2 a 1 e sem ter levado tanto perigo ao rival.

Ainda sem os novos reforços, o São Paulo enfrenta o Madureira nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil, em jogo único valendo vaga na segunda fase, às 21h45 (de Brasília), em Londrina.

ESPN – Thiago Cara